Robô humanoide protagoniza ação social contra a dengue no Rio

08/10/2014 00:00 / Atualizado em 06/05/2020 17:17

As crianças das comunidades do Vidigal e da Rocinha, ambas na zona sul do Rio de Janeiro, recebem desde julho a visita inusitada do robô NAO que, por meio de palestras lúdicas, ensina sobre a importância da prevenção da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue.

A iniciativa do médico italiano, Marco Collovati, presidente da empresa Orange Life, já rendeu boas experiências e o resultado foi a grande aceitação da garotada.

A dengue é apenas uma das doenças que irão impulsionar o projeto Robô Saúde que também poderá passar por outras escolas públicas do Rio. “A prevenção é a única forma de evitar futuros pacientes e o robô está me auxiliando com a missão de alcançar as crianças com esse assunto que à primeira vista pode parecer chato de ouvir”, diz Collovati.

Para a diretora pedagógica da Somai, empresa que é revendedora oficial dos humanoides no Brasil, Regina Mainardi, o robô é um aliado para a educação e deve ser encarado como um instrumento de ensino. “O objetivo do NAO não é substituir os educadores, mas agregar conhecimento de maneira mais atraente com a linguagem dinâmica do universo digital”, afirma.

Atualmente, o NAO também é utilizado em pesquisas científicas no Brasil e no mundo. “Na Universidade Federal do Amazonas, por exemplo, estão sendo desenvolvidas próteses com madeira da Amazônia usando o robô para os testes de movimento. Fora do país, existem estudos de grandes universidades que tratam da interação do humanoide com crianças autistas, pois elas demonstram receptividade à tecnologia”, revela Regina.

O NÃO é fabricado pela francesa Aldebaran Robotics para fins educacionais e de pesquisa, com o objetivo de interagir das mais variadas formas com crianças e adultos.

Com apenas 57 centímetros de altura, o robô é equipado com câmeras, microfones, autofalantes e vários sensores, entre os quais, sensores táteis, de pressão e sonares. Tudo isso permite reconhecer face, voz e expressar emoções além de possuir 25 graus de flexibilidade nos movimentos.