Ela criou uma alternativa para as roupas muito curtas de meninas

31/05/2017 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:09

Para a mãe norte-americana Sharon Choksi, comprar roupas com sua filha era um pesadelo. Maya, de 4 anos, tinha algumas ideias específicas sobre como seria confortável se vestir: nada com babados, nada com arcos, NADA com brilhos. Shorts curtos e peças apertadas, nem pensar. Mas as roupas também não podiam ser muito largas.

Mãe ficou chocada com a diferença entre as roupas dos meninos e das meninas
Mãe ficou chocada com a diferença entre as roupas dos meninos e das meninas

Encontrar algo que fosse bom era exaustivo. Na maior parte das vezes, compravam na seção masculina. Mas não foi com a filha que Choksi ficou chateada. Foi com os varejistas.

Por que roupas de meninas tinham de ser tão pequenas e apertadas? A mãe pensou que melhores escolhas estavam faltando no mercado. Ela buscou alguns dados e o que achou a chocou.

Mãe tirou medidas e comparou tamanhos de peças
Mãe tirou medidas e comparou tamanhos de peças

Ela coletou peças de meninos e de meninas de dez dos maiores varejistas do mercado e tomou algumas medidas simples. Todas eram destinadas para crianças de aproximadamente o mesmo tamanho e a mesma idade.

Segundo ela, as camisas das meninas eram uma a três polegadas mais finas. As mangas eram mais curtas. Já os shorts femininos tinham apenas um terço do comprimento.

É claro que havia um ou outro modelo diferente em um cabideiro escondido nos fundos de uma loja, mas, de uma forma geral, a diferença de tamanho era escandalosa.

“Não tem nada a ver com as diferenças anatômicas entre meninos e meninas”, Choksi diz, observando que garotas entre 8 e 12 anos são mais altas que os meninos em média.

“Nós vivemos em uma cultura em que mulheres e meninas encaram muita pressão para serem magras e se encaixarem em um modelo”, continua. “Roupas consistentemente menores são uma adição à pressão.”

Pais e crianças queriam alternativas às opções do mercado
Pais e crianças queriam alternativas às opções do mercado

Então, em 2013, ela lançou a Girls Will Be, uma marca voltada principalmente para garantir que as meninas e seus pais pudessem encontrar shorts com um ajuste “meio-termo”. A reação foi massiva, ela relembra. “Há muitos pais lá fora procurando por isso.”

E Choksi não foi a única mãe a assumir a mudança. Courtney Hartman, a mãe por trás da Free to Be Kids, decidiu desenhar uma linha de gênero neutro e sem estereótipos. Há também a Handsome in Pink, uma linha de roupas de meninos cor-de-rosa e roxa –as das meninas são cobertas de carros de bombeiros, ferramentas e guitarras.

Essas marcas podem parecer pequenas, mas estão fazendo grande diferença.