Start-up cultiva hortas orgânicas urbanas em prédios de Mônaco

04/08/2017 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:12

No ano passado, a suíça Jessica Sbaraglia fundou a start-up Terre de Monaco, no principado europeu, voltada para a agricultura orgânica. O destino, com apenas 2 km2 de área, é um microestado que tem uma das mais elevadas densidades populacionais do planeta.

A empreendedora, que reside desde 2010 no país, teve a ideia de criar um oásis verde nos tetos, sacadas e terraços dos imóveis do principado. Ela recorreu a uma plataforma de crowdfunding para financiar o seu projeto e em apenas dois meses alcançou a meta de €25 mil que precisava para dar início à empresa.

A suíça Jessica Sbaraglia, que criou uma empresa que cultiva hortas orgânicas urbanas em Mônaco
A suíça Jessica Sbaraglia, que criou uma empresa que cultiva hortas orgânicas urbanas em Mônaco

A primeira horta orgânica foi criada nos jardins da Fundação Albert 2º. Em 30 m2 foram plantados frutos e espécies regionais, como oliveiras, laranjeiras e violetas. Paralelamente, Jessica aprimorou o modelo de negócios da sua empresa e desenhou, por exemplo, hortas sob medida para áreas pequenas, que são mantidas mediante pagamento de uma anuidade fixa.

Produtos colhidos nas hortas sob medida para áreas pequenas
Produtos colhidos nas hortas sob medida para áreas pequenas

Os serviços são oferecidos tanto para pessoas físicas que tenham uma pequena varanda e queiram construir um jardim de vegetais como para um restaurante ou um condomínio.

Após um ano, os resultados são excelentes: 1.400 m2 de terra foram cultivados e o Terre de Monaco é um dos maiores empreendimentos agrícolas urbanos privados do mundo.

Além da Fundação Albert II de Mônaco e do Hotel Monte-Carlo Bay, parceiros desde o início, a start-up trabalha com várias escolas e hotéis do principado.

Um detalhe que mostra o espírito constantemente inovador de Jessica foi a forma que ela pensou para a fertilização das hortas. Não há criação de gado em Mônaco, mas existe um programa de proteção às tartarugas no Museu Oceanográfico. Após a realização de análises, foi comprovado que o esterco destes animais tem qualidades comparáveis a dos carneiros. Assim, o esterco de tartarugas será utilizado para fertilização das plantações.

A empresa dispõe de uma barraca na feira da praça Place d’Armes, às quartas e sextas-feiras, onde são vendidos legumes, temperos e microjardins plantados em caixas de vinho recicladas.