Startup ajuda a engajar usuários a causas sociais por meio de apps

Na era da informação, o modo de apresentação  é o que determina o quanto um assunto pode ou não causar impacto ou interesse nas pessoas. Ciente dessa importância, os empreendedores Jorge Henrique da Silva, 23, e Fabiano Luiz Tristão, 33, resolveram transformar os dados sobre problemas sociais em histórias que interessem e engajem internautas a apoiarem causas.

Juntos eles criaram o Inforpeople, um instituto sem fins lucrativos com sede em Florianópolis que tem o objetivo de usar a tecnologia para aumentar o impacto das ações sociais.

Fundado em 2014, o projeto desenvolve aplicativos em parceria com a Singularity University, referência em desenvolvimento de tecnologias transformadoras. ¨Analisamos os dados que eles possuem sobre alguma ação social que executam e a partir disso criamos um aplicativo web gratuito disponível para toda a população acessar,¨ conta o empreendedor.

“Nesse aplicativo nós contamos a história da ação social, seus impactos e como ela funciona. Isso porque acreditamos que conceitos como Storytelling e Gamification estimulam e engajam os usuários em torno da causa. Mais que isso, nós sempre buscamos tangibilizar alguma maneira de ajudar aquela causa, aproveitando o interesse gerado no usuário por meio do aplicativo.”

Jorge Henrique, co-fundador do Instituto Inforpeople, apresenta o projeto Tecnologia para o Bem no Social Good Brasil 2014

Contudo, as ONGs não pagam nada por esse apoio. Parte do trabalho é viabilizado por parcerias, principalmente tecnológicas, e voluntariado. “Mesmo assim ainda é necessária uma quantia que viabilize cada projeto e nesse sentido nós buscamos empresas e outros apoiadores que queiram se vincular à causa ou simplesmente ajudar a tirar o projeto do papel.”

Por enquanto o projeto, considerado uma das três melhores startups sociais do país, pelo Social Good Brasil, atua e Florianópolis mas os empreendedores querem expandir para outras regiões e buscam cadastrar o maior número de entidades possíveis. “Para isso, estamos em contato (e a procura de) com entidades que funcionam como ‘organizadoras’ (hubs) de ONGs da região, como, por exemplo,  fundações comunitárias. Dessa forma pretendemos aumentar o número de ONGs qualificadas e aptas a terem suas histórias contadas pelo Inforpeople.”