Startup cria aplicativo que reduz consumo de água em plantações
Com a crise da água atual, muitos olhos se voltaram para a agricultura, que, segundo dados da ONG SOS Mata Atlântica, desperdiça cerca de 70% do líquido. Alguns desses olhos são de quatro garotos de Minas Gerais, que criaram, ainda em 2013, o SPinApp, um sistema de monitoramento que otimiza a produção e, de quebra, economiza a água utilizada.
O sucesso foi tão grande que eles levaram o primeiro lugar na Fetin (Feira Tecnológica do Inatel) e decidiram transformar o trabalho de faculdade numa startup, a Spin (Sistemas de Plantações Inteligentes). Entraram para a incubadora do Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações) e foram selecionados pelo Sebrae para apresentar o produto na Campus Party deste ano.
O aplicativo é voltado para “produtores dinâmicos que desejam aumento de produtividade aliado à sustentabilidade e respeitando o meio ambiente”, explica Vitor Ivan D’Angelo, 27 anos, engenheiro da computação responsável pelo setor de negócios e comunicação da startup. O SPinApp deve estar no mercado a partir de junho. O preço ainda está em definição.
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O foco não está apenas nos grandes e médios produtores. A empresa diz que está em busca de estratégias que atinjam as necessidades de pequenos agricultores por meio de cooperativas e do uso coletivo do sistema.
Eis como funciona o aplicativo: o produtor adquire a ferramenta e já define qual alimento cultiva, para calibrar o sistema com as informações específicas dessa cultura. Em seguida, uma equipe da startup vai até a propriedade e instala uma estação meteorológica.
A partir daí, o agricultor vai poder acompanhar as condições climáticas em tempo real e receberá informações que o ajudarão na tomada de decisões. Os dados sobre a quantia exata de água necessária para regar um determinado vegetal também estarão no aplicativo, reduzindo, assim, o desperdício de irrigações exageradas ou desnecessárias.
“O cenário atual demanda uma grande importância no fator de economia de água nas plantações. A agricultura é responsável por 70% da água doce utilizada. Este índice é elevado pelo fato de não existirem ferramentas simples e acessíveis para uso do produtor”, afirma D’Angelo.
Por QSocial