Startup ensina inglês com videoaulas gratuitas de três minutos

A importância de dominar um segundo idioma é cada vez mais acentuada e o conhecimento de outras línguas é um diferencial para impulsionar carreiras, sendo o inglês um dos mais requisitados no mercado de trabalho.

No entanto, no Brasil, segundo dados do British Council, 97% dos brasileiros não conseguem se comunicar nessa língua. Com o objetivo de mudar essa realidade e democratizar o acesso ao ensino de idiomas no país, o empreendedor Felipe Dib lançou, em 2011, o Você Aprende Agora –plataforma de ensino on-line de línguas.

Na contramão do tradicional estilo dos cursos de idiomas presenciais, geralmente caros e longos, a startup oferece aulas gratuitas de inglês em vídeos grátis de apenas três minutos. A ideia é fazer com que o aluno possa aprender em uma aula o que os demais cursos ensinam em um mês, de maneira rápida e eficiente. Atualmente a plataforma conta com 635 aulas –vistas mais de 7 milhões de vezes–, que vão do nível iniciante ao fluente, além de oferecer opções de aprofundamento e certificado aos alunos.

Segundo Felipe Dib, fundador e diretor da startup, a proposta é mostrar que qualquer pessoa, em qualquer idade, que queira aprender inglês pode dominar o idioma. “Nosso público é formado por pessoas que não puderam pagar um curso de inglês e não conseguiram aprender na escola. São alunos na média de 30 anos, mas nosso ranking dos ‘Top 10’ é formado por estudantes na média dos 50 anos”, diz.

A startup lançou recentemente uma versão espanhola da plataforma, chamada de Tú Aprendes Ahora, que está teste em uma escola pública modelo de Montevidéu, no Uruguai; para os funcionários da prefeitura de El Hatillo, na Venezuela; no “Sonidos de La Tierra”, em Assunção, no Paraguai; e em todos os centros técnicos da República Dominicana, numa parceria com o governo federal.

A intenção da empresa, revela Dib, é expandir a plataforma para as escolas públicas do Brasil.

“A meta é que, em 2015, possamos implementar o Você Aprende Agora nas escolas públicas de todo o país. E vamos além: Rússia, Índia e China são os próximos países a receberem a iniciativa”, afirma Dib.