Tour para brasileiros desvenda universidades de ‘geeks’ nos EUA

23/01/2019 00:00 / Atualizado em 02/05/2019 20:26
Com o setor de tecnologia em alta, os jovens brasileiros que anseiam fazer uma graduação e construir carreira nessa área vislumbram o estudo em renomadas e famosas faculdades americanas.

Os fãs do seriado “The Big Bang Theory” ficam hipnotizados ao imaginar percorrer os corredores do Caltech, onde trabalham os protagonistas da série. Já o MIT é o sonho dos que também são apaixonados por inovação e querem ter a pioneira dos videogames no currículo escolar.

Escolher entre duas das melhores instituições do mundo –pelo QS World University Rankings – pode ser desgastante. Uma alternativa é fazer um tour pelos campi do Instituto de Tecnologia da Califórnia (conhecido como Caltech) e do MIT.
Campus do MIT (Massachusetts Institute of Technology)
Campus do MIT (Massachusetts Institute of Technology)

“É recomendado que o jovem tenha um primeiro contato com a universidade pretendida, para que entenda se há identificação com o perfil daquela faculdade, assim como sua cultura”, diz Laila Parada-Worby, gerente da consultoria educacional Crimson Education no Brasil.

Na Caltech, os alunos podem não apenas ver o prédio de física onde, na ficção, Sheldon, Leonard, Howard e Raj vivem inúmeras aventuras acadêmico-científicas, mas também ter acesso a um ambiente estimulante, onde estudantes e professores debatem pesquisas no intervalo das aulas e já teve gênios como Albert Einstein lecionando, além de contar com 37 laureados com o Prêmio Nobel.

Localizada em Pasadena, ao sul da Califórnia, a instituição que é referência em laboratórios de alta tecnologia causa deslumbramento por operar o Laboratório de Propulsão de Foguetes da Nasa — onde é possível acompanhar as últimas novidades em exploração espacial.

Do outro lado da costa americana, em Cambridge (Massachusetts), está outro gigante na área de inovação, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), que também ganhou espaço no cinema – Tony Stark, o “Homem de Ferro”, frequentemente é citado nos filmes da Marvel como exemplo de ex-aluno notável.

Conhecida como “casa dos nerds”, a universidade foi a incubadora dos primeiros videogames e atualmente abriga o MediaLab, espaço de convergência para estudos de design, mídia e novas tecnologias. O campus tem entre seus ex-alunos o astronauta Buzz Aldrin e o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, e é um dos principais centros de pesquisa em segurança nacional nos EUA.

As faculdades disputam uma curiosa rivalidade, que começou em 2005, quando um grupo de estudantes do Caltech foi para o Campus Preview Weekend do MIT, que é destinado aos futuros calouros, e distribuiu mil camisetas com “MIT” impresso na frente e no verso “porque nem todos podem ir ao Caltech”.

No ano seguinte, os estudantes do MIT responderam roubando o canhão antigo Fleming Cannon, um marco da adversária, e o transportaram pelo país. “Ambas têm metodologia rigorosa e as brincadeiras são uma forma de relaxarem do estresse da rotina de estudos, de um jeito criativo e original, mas sempre respeitando o próximo”, conta a executiva da Crimson Education.

Imãs de talentos

Por serem referência para quem deseja ingressar na área de tecnologia, essas duas escolas atraem mentes notáveis de todos os países. A presença de estudantes internacionais corresponde a aproximadamente 29% das matrículas no MIT e 30%, no Caltech.

Com valores anuais que podem variar de US$ 70.240 a US$ 72.084 –já incluindo custos de moradia. Para estudantes de graduação, ambas oferecem ajuda financeira. “São universidades renomadas e cobram algumas das mais altas mensalidades, mas há possibilidades de bolsas“, diz a especialista da Crimson, que para ajudar no processo, disponibiliza um time de mentores oriundos das 30 melhores faculdades do mundo.

Cerca de 62% dos alunos do MIT recebem algum tipo de subsídio e há a política need-based, em que o auxílio é oferecido de acordo com a renda familiar. Para estrangeiros o valor médio é de US$ 32 mil, ao ano. Já no Caltech, quase 60% dos graduandos contam com bolsas anualmente e aqueles vindos do exterior recebem em média US$ 51.827.