Tour para brasileiros desvenda universidades de ‘geeks’ nos EUA
Os fãs do seriado “The Big Bang Theory” ficam hipnotizados ao imaginar percorrer os corredores do Caltech, onde trabalham os protagonistas da série. Já o MIT é o sonho dos que também são apaixonados por inovação e querem ter a pioneira dos videogames no currículo escolar.
“É recomendado que o jovem tenha um primeiro contato com a universidade pretendida, para que entenda se há identificação com o perfil daquela faculdade, assim como sua cultura”, diz Laila Parada-Worby, gerente da consultoria educacional Crimson Education no Brasil.
Na Caltech, os alunos podem não apenas ver o prédio de física onde, na ficção, Sheldon, Leonard, Howard e Raj vivem inúmeras aventuras acadêmico-científicas, mas também ter acesso a um ambiente estimulante, onde estudantes e professores debatem pesquisas no intervalo das aulas e já teve gênios como Albert Einstein lecionando, além de contar com 37 laureados com o Prêmio Nobel.
Localizada em Pasadena, ao sul da Califórnia, a instituição que é referência em laboratórios de alta tecnologia causa deslumbramento por operar o Laboratório de Propulsão de Foguetes da Nasa — onde é possível acompanhar as últimas novidades em exploração espacial.
Do outro lado da costa americana, em Cambridge (Massachusetts), está outro gigante na área de inovação, o MIT (Massachusetts Institute of Technology), que também ganhou espaço no cinema – Tony Stark, o “Homem de Ferro”, frequentemente é citado nos filmes da Marvel como exemplo de ex-aluno notável.
Conhecida como “casa dos nerds”, a universidade foi a incubadora dos primeiros videogames e atualmente abriga o MediaLab, espaço de convergência para estudos de design, mídia e novas tecnologias. O campus tem entre seus ex-alunos o astronauta Buzz Aldrin e o ex-secretário geral da ONU Kofi Annan, e é um dos principais centros de pesquisa em segurança nacional nos EUA.
As faculdades disputam uma curiosa rivalidade, que começou em 2005, quando um grupo de estudantes do Caltech foi para o Campus Preview Weekend do MIT, que é destinado aos futuros calouros, e distribuiu mil camisetas com “MIT” impresso na frente e no verso “porque nem todos podem ir ao Caltech”.
No ano seguinte, os estudantes do MIT responderam roubando o canhão antigo Fleming Cannon, um marco da adversária, e o transportaram pelo país. “Ambas têm metodologia rigorosa e as brincadeiras são uma forma de relaxarem do estresse da rotina de estudos, de um jeito criativo e original, mas sempre respeitando o próximo”, conta a executiva da Crimson Education.
Imãs de talentos
Por serem referência para quem deseja ingressar na área de tecnologia, essas duas escolas atraem mentes notáveis de todos os países. A presença de estudantes internacionais corresponde a aproximadamente 29% das matrículas no MIT e 30%, no Caltech.
Com valores anuais que podem variar de US$ 70.240 a US$ 72.084 –já incluindo custos de moradia. Para estudantes de graduação, ambas oferecem ajuda financeira. “São universidades renomadas e cobram algumas das mais altas mensalidades, mas há possibilidades de bolsas“, diz a especialista da Crimson, que para ajudar no processo, disponibiliza um time de mentores oriundos das 30 melhores faculdades do mundo.
Cerca de 62% dos alunos do MIT recebem algum tipo de subsídio e há a política need-based, em que o auxílio é oferecido de acordo com a renda familiar. Para estrangeiros o valor médio é de US$ 32 mil, ao ano. Já no Caltech, quase 60% dos graduandos contam com bolsas anualmente e aqueles vindos do exterior recebem em média US$ 51.827.