Tratamento de esgoto é aposta para amenizar crise hidríca

A crise hídrica que atinge os Estado do Sudeste, em especial São Paulo, fez todos refletirem sobre qual o grau de responsabilidade de cada um sobre o uso da água. Tanto os cidadãos como as empresas procuraram ser mais conscientes para não desperdiçar essa recurso. No ramo empresarial cresceu bastante a procura para a instalação de Estações de Tratamento de Efluentes (ETE), sistemas que transformam esgoto em água limpa.

Sistema de tratamento de esgoto da General Water, uma das empresas líder do setor

Esses sistemas são compostos por tanques e equipamentos que variam de tamanho de acordo com a quantidade de esgoto a ser tratada e o seu grau de poluição e funcionam por meio processos de degradação e separação das impurezas, de forma mais acelerada.

“Atualmente, encontra-se no país tecnologia com os mais altos padrões existentes no mundo para tratamento de água e uma das mais conhecidas e reverenciadas é a de osmose reversa”, explica a engenheira ambiental Nataska Pontremolez, gerente de implantação da General Water, uma das empresas líder do setor. “O processo de tratamento ocorre em reatores biológicos, ou seja, em tanques com as condições ideais de temperatura e oxigenação para que as próprias bactérias presentes no esgoto digiram (‘comam”) as impurezas, removendo-as da água.”

O Grand Plaza, em Santo André, na Grande SP, é um dos shoppings que apostam no tratamento de esgoto como alternativa para a crise hídrica

Em seguida, é necessário separar essas bactérias da água em tanques de decantação com filtros de areia ou membranas filtrantes. “A tecnologia de membranas é a mais moderna no mundo para tratamento de esgoto. São filtros, semelhantes a coadores de café, com os poros tão pequenos que não deixam passar nem vírus e bactérias. Assim, a água fica completamente segura para ser reutilizada ou descartada em rios”.

Na prática, essas Estações de Tratamento aceleram o processo de despoluição do esgoto que ocorre naturalmente nos rios, o que torna a água resultante completamente segura para usos não potáveis, como em descargas de vasos sanitários, lavagem de pisos e irrigação de jardins. Por meio desses sistemas é possível diminuir a dependência do abastecimento de água potável, diminuir a quantidade de esgoto descartado (ou seja, redução da poluição), e reduzir o valor da conta de água e esgoto do empreendimento.