Um passo próximo da impressão 3D de órgãos para transplante
Cientistas brasileiros deram um passo gigantesco em direção à impressão de tecidos e órgãos para transplante em laboratório, como fígado, ossos e coração. Um time de pesquisadores internacionais reportaram recentemente a impressão de uma rede de capilares sanguíneos em laboratório utilizando uma impressora 3D. Os resultados solucionam um dos maiores desafios no campo da medicina regenerativa e da impressão de órgãos.
A ideia é que o sistema circulatório facilite o suprimento de nutrientes e oxigênio adequado para órgãos e tecidos complexos feitos em laboratório possibilitando assim, a melhor sobrevivência, diferenciação e proliferação celular do que previamente possível.
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“Embora a nova tecnologia coloque a ideia da impressão 3D de órgãos humanos mais próxima da realidade, isso ainda está alguns anos de se tornar uma realidade”, diz Dr Luiz Bertassoni, pesquisador brasileiro da Universidade de Sydney, na Austrália, e um dos líderes da pesquisa desenvolvida juntamente com cientistas das Universidades de Harvard, MIT e Stanford.
Os cientistas acreditam ter superado esse desafio tecnológico utilizando uma impressora 3D para fabricar uma rede de pequenas fibras interconectadas que servem como molde para os capilares sanguíneos feitos artificialmente. O molde 3D, por sua vez, é coberto com uma material a base de proteínas e rico em células que é solidificado a base de luz.
Essas fibras são então removidas, deixando para trás uma rede de pequenos canais cobertos por células endoteliais derivadas de vasos sanguíneos humanos. Em menos de uma semana, essas células se auto organizam, para formar uma rede estabilizada de capilares sanguíneos.
O maior benefício do método é que a técnica de ‘bioprinting’ pode ser utilizada para a impressão de redes de vasos sanguíneos rapidamente e com precisão suficiente para se adequar as necessidades de cada caso e cada paciente.