Universitário coleta de bicicleta lixo orgânico para compostar
Como recompensa, clientes recebem, todos os meses, sacos com adubo ou muda de tempero[/img]
“E, para que todos entendam o ciclo do lixo, ele termina com uma recompensa: em forma de adubo, muda de tempero _ alecrim, hortelã, manjericão, salsinha, cebolinha _ ou doando o composto para um produtor orgânico”, explica Lucas, que tem como meta fechar 2016 com 450 famílias engajadas e 2017 com 2.000.
Atualmente, a Ciclo Orgânico recolhe entre 4 e 5 toneladas de material orgânico mensalmente, que geram 3 toneladas de composto. Segundo o estudante, que trabalhou na Vide Verde (empresa responsável pela compostagem mensal de 1.500 toneladas de grandes empresas cariocas), no Rio, a estimativa é que uma pessoa produza, em média, 1,3 kg de lixo por dia, sendo metade dele de matéria orgânica.
Os três ciclistas que trabalham para Lucas levam os baldes, recheados com cascas e restos (ovo, frutas, verduras e legumes, além de café e guardanapo) para as composteiras mais próximas: Botafogo, Humaitá e Jardim Botânico. “Metade do adubo é doado para o próprio local, em geral parque ou escola pública, para ser usado no plantio de árvores ou hortas, e a outra metade é devolvido aos clientes, doado ou vendido.”
Hoje o sonho de Lucas não é mais ser motorista de caminhão de lixo. Como empreendedor, idealiza uma cidade inteira separando o lixo orgânico para ser recolhido por ciclistas, num ciclo orgânico sustentável. “Quero ver esse modelo sendo replicado, mas ainda não sei como, se por franquia ou política pública.”
Por QSocial