Vídeo de mãe etíope mostra situação de refugiados nos EUA
A jornada de Layla pode ter sido tudo, menos fácil. Ela é uma refugiada etíope que fugiu com seu marido devido a conflitos e perseguições no início dos anos 2000. Eles finalmente encontraram uma casa temporária na Arábia Saudita, onde tiveram filhos e ficaram por sete anos –antes que o marido de Layla fosse deportado, em 2010. Os empregadores ajudaram a família a fugir para a Síria.
“Comecei minha nova vida”, diz Layla. “Meus filhos tiveram um pouco de educação em casa.”
Mas antes que ela pudesse realmente se instalar, a guerra civil entrou em erupção na Síria, contribuindo para uma das piores crises de refugiados do nosso tempo. Layla tomou a difícil decisão de, mais uma vez, fugir, caminhando por dias até a fronteira turca, onde soube da morte do marido.
Apesar das dificuldades, a história de Layla tem um final feliz, como mostra um novo vídeo da Irap (International Refugee Assistance Project), uma organização que defende refugiados em todo o mundo.
Com a ajuda da ONG, Layla e sua família estão atualmente reassentados nos Estados Unidos, onde finalmente têm a sensação de estabilidade e segurança. “Maine é tão legal”, diz ela no vídeo feito pela agência Wondros. “Eu me sinto como em minha casa, e melhor que em minha casa, porque vivo em segurança.”
A Irap lançou o vídeo neste mês com uma mensagem forte: o programa de reassentamento de refugiados dos Estados Unidos está sob ataque.
O tribunal para o distrito ocidental de Washington, em Seattle, está começando a ouvir os argumentos de um caso resultante de uma ação coletiva apresentada em novembro contra restrições do governo de Donald Trump sobre os refugiados. As restrições interrompem o programa de reassentamento de refugiados para 11 países predominantemente muçulmanos.
“A narrativa que estamos tentando mostrar com Layla, que já está reassentada, é que, se essas restrições fossem implementadas, sua família não teria conseguido alcançar a segurança”, diz Sarah Blume, assistente de comunicação da ONG –que está desafiando as restrições de Trump.
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