A festa do bumba-meu-boi

Por Redação

Praça Roosevelt é palco de ensaio para a celebração

O grupo Ylu Brazil coordenado por Afonsinho Menino lança o projeto “o cordão Zabumbando”. A iniciativa cultural busca promover um ajuntamento de pessoas na Praça Roosevelt interessadas em participar, através de instrumentos musicais trazidos por cada um, das encenações da festa do boi-bumbá. Os ensaios culminarão no cortejo, dia 4 de julho, que percorrerá o bairro do Bexiga, partindo da praça, passando pelas ruas  Santo Antonio e 13 de Maio até a Praça Dom Orione.

Os ensaios serão realizados todos os domingos do mês de junho, das 15h às 17h. O interessado deve levar um instrumento. Mas, serão improvisados instrumentos para aquele que não tiver o que tocar. “A ideia é fazer barulho”, comenta uma das idealizadoras Renata Gobatti.

O projeto está aberto também a pessoas que trabalham ou que queiram participar através de outras expressões artísticas como dança, teatro, artes plásticas (bonequeiros) e circo.

Crédito Renata Gobatti
Personagem da festa boi-bumbá

Para participar do projeto é necessário ainda que o integrante tenha mais de 18 anos ou, se menor, esteja acompanhado da família.

O Batizado do boi

Organizado pelo grupo Cupuaçu, há 22 anos acontece o “Batizado do Boi”, no morro do Querosene, zona oeste, de São Paulo. O grupo segue o termo do norte: bumba-meu-boi, tradicional do Maranhão. “É um ciclo de nascimento, vida e morte do boi. A nossa festa comemora seu nascimento. É mais celebrativa”, comenta Ana Flor de Carvalho, integrante do grupo Cupuaçu e filha do idealizador, Tião Carvalho.

Segundo Ana, a celebração é mais expressiva por ser integrada a São João padroeiro dos animais. Mas, o ritual mesmo é o do fim do ano, quando ele (o boi) dança pela sua morte.

Durante a festa são eleitos padrinhos. Geralmente, membros da comunidade do morro do Querosene. A festa tem início à tarde e vai até a madrugada do outro dia. Para a comemoração, todo ano, um boi é confeccionado . E, a cada edição, um integrante da comunidade torna-se o “miolo do boi”, aquele responsável por dirigir o animal à sua saga.  “Para comandar o boi é preciso ser alguém que esteja acostumado com o peso e movimentos”, comenta.

Os padrinhos são pessoas que ajudarão com a organização da festa. Nas comunidades mais tradicionais os padrinhos têm uma função mais atuante na comunidade. “O que queremos com a festa é fazer a manutenção da tradição”, coloca.

Dia 19 de junho, a partir das 15 horas.

Sesc Itaquera

O Sesc Itaquera também promove festa em homenagem ao Boi-Bumbá. No domingo, 27, às 16 horas o grupo de Teatro e Danças Populares Urucungos, Puítas e Quijengues realiza na praça de eventos o Bumba-Meu-Boi pesquisado por Margarida Trindade e também chamado de Boi de Calemba. Confira.