A misteriosa e mágica Ilha de Páscoa
Por Sabrina Levensteinas, colaboradora de O Viajante
A Ilha de Páscoa, também conhecida como Rapa Nui, nome da etnia e da língua dos habitantes nativos desse território, é um dos lugares mais remotos do mundo e está localizada no oceano Pacífico, a 3.500 km da costa chilena.
Descoberta por exploradores holandeses em 1722, foi anexada ao Chile em 1888. Historiadores acreditam que a ilha tenha sido colonizada no século 10 por polinésios, vindos de outras ilhas do Pacífico.
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Um dos mistérios mais intrigantes diz respeito aos moais, as enormes estátuas construídas a partir de rochas vulcânicas. Estima-se que existam mais de 800 espalhadas pela ilha, medindo entre 1 m e 10 m de altura e pesando até 82 toneladas.
O modo utilizado para deslocar essas estátuas tão grandes e pesadas é justamente uma das principais incógnitas da Ilha de Páscoa –lembrem-se que estamos falando de recursos, teoricamente, primitivos.
Como chegar
A maneira mais fácil de chegar é a partir de Santiago, em um voo de 5h50 de duração da LAN, única companhia aérea a voar até a ilha.
Como circular
A Ilha de Páscoa tem 22 km de extensão, o que possibilita percorrê-la de diversas maneiras –carro ou scooter alugado, táxi, excursões, bicicleta, a cavalo ou a pé–, sempre a partir de Hanga Roa, a capital da ilha, que concentra a rede hoteleira, os restaurantes e o comércio.
Dar a volta na ilha com carro alugado é muito simples, já que a estrada circular principal é toda pavimentada. A vantagem dessa opção é poder parar nos pontos que quiser e por quanto tempo desejar.
Porém, se preferir participar de uma excursão contratada, saber a história e as curiosidades de cada ponto de parada será mais fácil. É possível também conhecer a ilha pelas águas, já que algumas operadoras oferecem mergulho com cilindro e snorkeling.
O que visitar
A ilha abriga o Parque Nacional Rapa Nui, e para ter acesso a algumas das atrações mais importantes protegidas pelo parque, como o vulcão Rano Raraku e às ruínas de Orongo, estrangeiros precisam adquirir um ticket de US$ 60 (R$ 240). Esse ticket, que pode ser comprado na área de desembarque do aeroporto, ou no escritório do CONAF na ilha, é válido por 5 dias.
Dentre os destaques da ilha, dois são os os belíssimos vulcões Rano Kau e Rano Raraku. Para chegar ao vulcão Rano Kau é possível ir de carro ou a pé. A trilha, bem demarcada e de nível médio de dificuldade, leva de 1h a 2h e parte de Hanga Roa.
Ao final da subida, o visual compensa muito pela beleza ímpar do vulcão e pela vista sem fim do Oceano e de Hanga Roa. Seguindo um pouco mais acima estão as ruínas de Orongo, uma antiga vila cerimonial que conta com um centro de visitantes.
A outra parada obrigatória é no vulcão Rano Raraku, onde está também a famosa fábrica de moais. É lá que a antiga civilização construía essas enormes estátuas, retirando do vulcão a matéria-prima, o que justifica a grande concentração de moais nessa região. Aqui também segue-se por uma trilha para ter acesso ao vulcão e aos moais.
Apesar de ser rodeada por encostas rochosas pouco adequadas para o banho de mar, a ilha possui duas belíssimas praias de águas azuis claras: Anakena e Ovahe. A primeira é mais cheia de turistas, e a segunda, mais isolada, uma joia do mar. Nesta observa-se a coloração rosada da areia, produto de rochas vulcânicas.
Outra ideia interessante é contratar um passeio de cavalo para visitar a parte central da ilha, a mais elevada e de melhor vista, perto do vulcão Terevaka e das cavernas –estas, após poucos metros, de forma surpreendente e única, se abrem em forma de janelões para o Pacífico.
Há também um ponto onde estão 15 moais, local belíssimo em qualquer horário, mas que atrai mais pessoas ao nascer do sol. Já do outro lado da ilha, em Hanga Roa mesmo, estão cinco moais, local apreciado para ver o pôr do sol.
À noite é possível passear por restaurantes e bares, além de ver apresentações de música e danças típicas; um centro de apoio ao turista orienta sobre a agenda dos diversos espetáculos. Aqueles que gostam de um souvenir diferente, podem carimbar o passaporte no correio local e ter mais uma recordação.
Sabrina Levensteinas, editora, ama artes e viagens no geral e quer descobrir os destinos mais lindos e diferentes do mundo. Gosta de todo tipo de viagem, desde campo até praia, desde cidade até montanha. Mas tem um carinho especial por natureza e belas paisagens. Considera cada viagem um sonho e sabe que todos podem ser realizados.
Confira mais sobre a Ilha de Páscoa e outros grandes destaques do Chile no “Guia O Viajante Chile“.
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