Exposição sobre Antônio Bandeira
Exposição traz 139 obras que pertencem ao Governo do Ceará, estado em que o artista nasceu. A mostra revela um passeio intimista pela obra de Bandeira (1922-1967) e lança um olhar sobre o processo criativo e o modo de produção do artista. A curadoria é de José Guedes, diretor do Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, que guarda mais de 900 trabalhos do artista.
A bolsa de estudos na França foi o prêmio que Bandeira recebeu pela sua participação na exposição do Instituto dos Arquitetos Rio de Janeiro. Tal viagem materializou-se durante o período 1946 – 1950, quando freqüenta, em Paris, a Escola Superior de Belas Artes e a Académie de La Grande Chaumière.
Sua até então fase «figurativa» sofre uma brusca transformação – transformando-se em «abstrata» – após seu encontro Alfred Otto Wolfgang Schulze (fotógrafo e pintor alemão conhecido como Wols) e Camille Bryen (poeta e pintor francês) alguns dos iniciadores da pintura «informal», palavra cunhada e utilizada pelo crítico de arte Michel Tapié de Céleyran (1952) quando defendia sua posição teórica e crítica denominada «art autre» que mostrava a completa cisão com a tradição figurativa. Retomando a afirmação de S. João da Cruz: «Para alcançar o desconhecido, é necessário passar através do desconhecido»; Tapié perguntava: O academismo está acabado para sempre, não está?
A morte de Wols em 1951, o trás de volta ao Brasil. Retornou a Paris durante o período 1954 – 1959, e após seu segundo longo período no Brasil, retornou novamente a Paris em 1965, onde permaneceu até seu extemporâneo falecimento.
Fonte: Itaú Cultural