As peças imperdíveis do British Museum
O British Museum, localizado em Londres, na Inglaterra, é um museu de superlativos: além de ser o maior museu britânico, é também o mais antigo museu nacional do mundo. Embora tenha sido fundado em 1753, a abertura ao público aconteceu somente seis anos depois, em 15 de janeiro de 1759, há exatamente 257 anos.
Os amantes de história provavelmente vão se esbaldar em uma visita ao museu, cujo acervo é composto por objetos da Grécia, do Egito, de Roma, do Oriente Médio e por aí vai. Contudo, para o público em geral, depois de algum tempo, tudo pode parecer meio tedioso.
Se desejar, você pode ver uma seção a cada dia –e não há problema algum em visitar todo dia, já que a entrada é gratuita. Ou, aproveite melhor o seu tempo e selecione o que ver. O acervo é composto por mais de 2 milhões de peças e pode ser difícil saber o que olhar. Assim, garimpamos aqui alguma das maiores preciosidades do British Museum:
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Pedra de Rosetta
Os escritos dessa pedra, datada de 196 a.C., estão em três línguas: hieroglífico, demótico e grego. E foram os estudos a partir do grego que permitiram decifrar os hieróglifos egípcios pela primeira vez. Descoberta por soldados de Napoleão Bonaparte em el-Rashid (Rosetta), no Egito, em 1799, a peça está em exibição no museu desde 1802.
Jogo de Xadrez de Lewis
Encontradas numa praia da Ilha de Lewis, na Escócia, em 1831, as peças desse jogo de xadrez foram esculpidas no século 12 em marfim de morsa e osso de baleia. Não existe muito consenso a respeito de sua origem, normalmente atribuída a algum país nórdico, em especial a Noruega. Dizem que o Jogo de Xadrez de Lewis serviu de inspiração para o Xadrez de Bruxo, invenção da escritora J.K Rowling nos livros da saga Harry Potter.
Esculturas do Partenon
Motivo de disputa entre o Reino Unido e a Grécia há anos, esses frisos e estátuas de mármore costumavam adornar o Partenon, o principal monumento da Acrópole, em Atenas. Datadas do século 5 a.C., as obras são conhecidas também como Esculturas de Elgin, em alusão ao Lord Elgin, o embaixador britânico que as removeu do seu lugar de origem. Certo ou não, esses itens pertencem ao acervo do British Museum desde 1816, há exatos 200 anos.
Múmia de Katebet
Originária de Karnak, no Egito, essa múmia conserva o corpo de uma mulher idosa chamada Katebet, uma cantora de Amón, o deus egípcio. Embora tenha algumas fraturas e costelas deslocadas, é justamente o estado de conservação que a diferencia das demais múmias do British Museum –nada mal para um corpo embalsamado desde 1.250 a.C.
Tesouro de Oxus
Formado por 180 itens de ouro e prata, é provavelmente a maior coleção sobrevivente do Império Aquemênida, conhecido também como Primeiro Império Persa. Encontradas no rio Oxus (Amu Dária, em português), que corta a Ásia Central, essas peças datam do século 5 a.C. Um dos objetos mais importantes é uma carruagem puxada por quatro cavalos, dona de uma riqueza de detalhes vistas somente durante o Renascimento, mais de mil anos depois.
Rei de Ife
Na década de 30, em Ife, na Nigéria, enquanto escavavam o solo para a construção de casas, operários encontraram dezessete cabeças de latão e cobre e o topo quebrado da figura de um rei. Quando foram descobertos, esses itens causaram um furor no Ocidente, cada um atribuindo a autoria a uma civilização diferente. De qualquer forma, hoje, as peças de Ife são uma das maiores representações da arte e da cultura africana.
Moai Hoa hakananai’a
Esculpida em basalto, trata-se de um exemplar dos famosos moais provenientes da Ilha de Páscoa, no Chile. Intitulada Hoa Hakananai’a (“roubado” ou “amigo escondido”, em português), a peça de 2,42m de altura pesa nada menos que quatro toneladas. Um moai menor, conhecido como Moai Hava, também faz parte do acervo do museu.
Jogo Real de Ur
A princípio pode parecer um mero jogo de dominó, mas essas peças, esculpidas em madeira e ricamente trabalhadas, datam de 2600 a.C–2400 a.C e foram encontradas em Ur, cidade-estado da Mesopotâmia, atual Iraque. As regras originais do jogo não são completamente conhecidas, mas, baseado em outros documentos, sabe-se que o objetivo maior era fazer as peças passarem pelas diferentes casas, até chegarem ao outro lado.
Relevos da Caça de Leões
Na antiga Assíria, a caça de leões era considerada o esporte dos reis, uma espécie de símbolo do papel do monarca de proteger e brigar pelo seu povo. Essa caça é retratada em peças que ilustram as façanhas desportivas do último rei assírio, Ashurbanipai, do século 6 a.C.
Armadura Samurai
A armadura desse samurai japonês reúne itens de diferentes séculos. O colete a prova de balas e as mangas são do século 16, o capacete data do século 17, e os adereços do pescoço e dos ombros são dos séculos 18 e 19.
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