Bienal faz debate com coletivos artísticos

A 29a Bienal promove encontro no terreiro “Pele do Invisível”, espaço desenvolvido pelo artista esloveno Tobias Putrih entre o coletivo artístico “The Otolith Group” e o “Black Audio Film Collective”.

Confira programação

Às 12hs

Exibição de filmes de The Otolith Group e do BAFC – Terreiro ‘A pele do invisível’;

Às 16h00

Debate com os grupos – Terreiro “Eu sou a rua” (palestra em inglês com tradução consecutiva)

Do meio dia às 15h30 serão exibidos filmes dos grupo

Programa 10

Otolith Group I, 22min. Otolith Group II, Otolith Group, 2009, Reino Unido, 48min. Otolith Group III, Otolith Group, 2009, Reino Unido, 49min. Handsworth songs, Black Audio Film Collective, 1986, Reino Unido, 61min. Signs of Empire, Black Audio Film Collective, 1984, Reino Unido, 15min. Image of Nationality, Black Audio Film Collective,1984, Reino Unido, 15min.Local: Terreiro A Pele do invisível (3o andar)

Debate: 16h – 18h00

Conversa com Kodwo Eshun e Anjalika Sagar (The Otolith Group) + John Akomfrah e Lina Gopaul (BAFC), com mediação de Moacir dos Anjos.

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Imagem do coletivo artístico Otolith

The Otolith Group é um coletivo artístico que toma emprestado o nome do otólito, a estrutura do ouvido interno que define o sentido de orientação, gravidade e equilíbrio. É um grupo de pesquisa colaborativa, integrada e transcultural que trabalha com arquivos principalmente familiares e autobiográficos, e explora artisticamente o filme, a instalação, o som e o texto para falar sobre geopolítica global, processos migratórios e condição humana.

O grupo existe igualmente como plataforma internacional de curadoria, programação e produção, assim como de reflexão teórica sobre práticas artísticas contemporâneas em geral e sobre imagem em movimento em particular.

“Nervus Rerum” é um filme-ensaio que utiliza som, imagem e texto para explorar a paisagem cicatrizada e o cotidiano vivencial e arquitetônico do campo de refugiados palestino de Jenin.

No filme, várias ruas que desembocam em becos sem saída são atravessadas pelos seus habitantes e exploradas em longos planos-sequência, não narrativos e justapostos a excertos falados de textos do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa e de Un Captif Amoureux, de Jean Genet.

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Projeto do Black Audio Film

O Black Audio Film Collective foi formado em Londres, em 1982 por bJohn Akomfrah, Reece Auguiste, Edward George, Lina Gopaul, Avril Johnson, David Lawson and Trevor Mathison. Foi um dos coletivos de cinema fundados na Inglaterra nos anos 80, incluindo Sankofa, Ceddo e Retake. O coletivo esteve a frente dos debates sobre políticas de representação. O trabalho discute como identidades raciais surgem a partir de histórias políticas ou sociais, mostrando a complexidade dessas relações. Desse modo, interrogam sua própria imagem para investigar sua história. Depois de produzir filmes estruturados a partir de imagens fixas (Signs of Empire, – 1984, e Images of Nacionality, 1984), o coletivo passou à produção de documentários, debatidos tanto nos termos de sua discussão política quanto por conta do experimentalismo formal. A programação do terrreiro apresenta um dos mais importantes desses filmes, Handsworth Songs (1986), além dos já mencionados Signs of Empire e Images of Nacionality.