Cinco lugares do mundo onde o viajante não é bem-vindo
Recentemente o jornal britânico “The Telegraph” fez uma lista de cinco lugares pelo mundo onde o turista não é bem-vindo. Saiba abaixo o porquê:
1 – Ilha de Surtsey, Islândia
Bem-vindo a Surtsey, Patrimônio Mundial da Unesco que você não pode visitar. Por quê?
Uma explosão vulcânica de grandes proporções, em 1963, fez brotar no litoral da Islãndia, uma ilha que durante aproximadamente quatro anos ainda crescia, alimentada com as lavas expelidas por esse vulcão submerso.
Em vez de permitir que os turistas desembarcassem na ilha, o governo proibiu terminantemente a visitação. Isso para atender os apelos de seus cientistas. Longe da interferência humana, era melhor oportunidade que teriam para monitorar o processo de colonização da ilha virgem, por plantas e animais.
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2 – Ilha North Sentinel, Arquipélago de Andaman e Nicobar
“Não se aproxime”. O aviso está presente em muitas cartas de navegação. Ignorar a advertência e a zona de exclusão que cerca esta ilha, é entregar a alma para Deus, ou para o capeta.
O governo indiano considerou a ilha que pertence ao seu território, fora dos limites de sua administração, devido a uma tribo indígena, com milhares de anos de isolamento do resto do mundo, – os Sentinelese. Donos de uma das piores reputações em agressividade, com tolerância zero, deram fim a muitos pescadores que ousaram se aproximar do seu litoral.
Em 2004, após o terrível tsunami que varreu o Oceano Índico, inclusive atingindo esse arquipélago, o governo indiano mandou uma equipe para socorrer os indígenas. Estes saudaram o helicóptero com uma chuvarada de flechas.
3 – Cavernas de Lascaux, França
A descoberta, em 1940, das cavernas labirínticas na região da Dordonha, foi comemorada com exultação por arqueólogos e paleontólogos franceses. Suas pinturas rupestres foram consideradas as mais importantes de toda a pré-história.
Logo sua galeria de arte subterrânea se tornou atração mundial. Mas, já em 1955 os peritos advertiram o governo francês que a umidade e o dióxido de carbono trazidos pelos turistas, estavam arruinando as pinturas na rocha.
Em 1963, a Caverna de Lascaux foi fechada para o público.
4 – Ilha de Diego Garcia, Oceano Índico
Diferente da ilha de North Sentinel, a proibição para entrar nessa ilha, na verdade um atol, é uma restrição do governo britânico, “dono” da ilha. Considerada base militar, e para alguns campo de prisioneiros da CIA, os viajantes perderam a oportunidade de conhecer uma ilha, cujas belezas comparadas às Seicheles ficaram restritas aos militares.
Praias de areia fina, mar translúcido, jardins de corais, Diego Garcia tinha tudo para se tornar um idílico retiro tropical.
5 – Ilha da Queimada Grande, Brasil
“Mais problemas no Paraíso, desta vez na Ilha da Queimada Grande”, assim o “The Telegraph” comenta a inclusão desta ilha no rol de lugares proibidos. O que provavelmente seria uma boa dica para viajantes que procuram o sol e sossego, a ilha passa longe disso. Tudo porque está infestada de jararacas-ilhoas.
O último levantamento indica que 4 mil dessas peçonhentas cobras, cujo veneno é mortal, têm ali seu habitat preferido.
6 – Casa de Hermann Hesse, Suíça
Ué! O jornal listou cinco ou seis? Listou cinco, mas essa vai por minha conta. De todas as indicações só vi ao longe a Surtsey, mas cheguei às portas da casa de Hermann Hesse, e comprovei que não era bem-vindo.
Durante todo o tempo que o escritor alemão, naturalizado suíço, viveu em Montagnola, mesmo antes de se tornar famoso, a Casa Rossa, como era conhecida, ostentava uma placa bem visível –“No Visits”–, simples e grosso assim.
Depois de sua morte a casa foi vendida. Então há três anos, admirador de Hermann Hesse, fui para Montagnola conhecer a casa onde o escritor criou grande parte de suas obras-primas. Não dei de cara com a hostil placa, mas com uma floresta de arbustos que escondia completamente a Casa Rossa. Tudo para afastar dali os admiradores do escritor.