Cinema português contemporâneo na Caixa Cultural Sé

Mostra reúne 19 produções portuguesas realizadas ao longo dos anos 2000

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Drama familiar "Sangue do Meu Sangue" é um destaques da programação

Presente nos mais badalados festivais de cinema europeus, a produção portuguesa é ainda desconhecida de grande parte do público brasileiro. A fim de amenizar este cenário, a Caixa Cultural Sé promove, de 3 a 8 de julho, um circuito com os principais títulos do cinema luso, entre curtas e longas-metragens, produzidos nos anos 2000.

Ao todo, a “Mostra Cinema Português Contemporâneo” exibe 19 filmes, a maioria inédita no Brasil, com entrada Catraca Livre. A curadoria assinada por Michelle Sales foca um eixo temático, sociocultural, com obras que abordam questões relacionadas à migração e às identidades multiculturais existentes no país. A programação conta ainda com encontros e debates com convidados.

Entre os destaques da programação estão os longas “Palavra e Utopia” (2000) de Manoel Oliveira, sobre o Padre Antônio Vieira, “Sangue do Meu Sangue” (2011), premiado em festivais internacionais como San Sebastián e Miami, e “Juventude em Marcha” (2006), indicado à Palma de Ouro em Cannes.

Nas abas abaixo, você acompanha os detalhes dos títulos. A programação completa está disponível no site da Caixa Cultural.

Palavra e Utopia

Quarta-feira, 4, às 15h30

Palavra e Utopia (Portugal, França, Brasil e Espanha, 2000, 133’, dir.: Manoel de Oliveira)

O filme conta a história faz um tributo ao Padre Antonio Vieira, que em 1663 é convocado a comparecer diante da Inquisição portuguesa, para explicar as idéias que defende, como o questionamento da escravidão, a situação dos índios e as relações império-colônia. Diante dos juízes, o padre passa a limpo seu passado: a juventude no Brasil e os anos na Bahia, seu envolvimento na causa dos índios e o primeiro sucesso no púlpito

Juventude em Marcha

Quarta-feira, 4, às 18h

Juventude em Marcha (Portugal, 2006, 155’, dir.: Pedro Costa)

Morador do subúrbio de Lisboa, o operário cabo-verdiano Ventura  é subitamente abandonado pela sua esposa Clotilde. Ele sente-se perdido entre o velho quarteirão no qual passou seus últimos 34 anos e seu novo endereço, um prédio de baixo custo. Os cenários são as ruínas do bairro cabo-verdiano de Fontainhas, no noroeste de Lisboa, e o novo bairro Casal da Boba, construído pelo governo nos terrenos da maior lixeira do país.O elenco é formado por actores não-profissionais.

Sangue do Meu Sangue

Sábado, 7, às 18h30

Sangue do Meu Sangue (Portugal, 2011, 140’ dir.: João Canijo)

Márcia mora com a irmã, Ivete, num bairro dos arredores de Lisboa. Juntas, criaram os filhos de Márcia: Cláudia, que estuda enfermagem e é caixa num supermercado, e Joca, que se tornou num pequeno delinquente. Um dia, a vida da família é abalada: Joca tentou é apanhado pelo traficante a quem tentou enganar e Cláudia apresenta à mãe o seu novo namorado, um professor muito mais velho.

Por Redação