Clementina Duarte e obras do Acervo no Palácio dos Bandeirantes

No Palácio dos Bandeirantes, de 30 de março a 25 de julho, acontece a exposição “Diálogo de Formas”, com Clementina Duarte e o Acervo Artístico dos Palácios. A proposta da mostra é promover reflexões entre as linhas tênues da arte e do design.

As obras expostas da designer e arquiteta Clementina Duarte mostram um diálogo entre as formas escultóricas da sua produção de joias nos anos de 1960 a 1980 e algumas obras das coleções dos Palácios do Governo de São Paulo.

A precisão da linha do desenho para dar forma às joias-esculturas de Clementina Duarte é associada na exposição com obras de artistas como Tomie Ohtake, Manabu Mabe, Amilcar de Castro, Claudio Tozzi, Emanoel Araújo, Arnaldo Pedroso D’Horta, Samson Flexor, Wesley Duke Lee, Alfredo Volpi, Maria Bonomi, Oswald de Andrade Filho, Júlio Guerra, entre outros.

A Curadora do Acervo dos Palácios do Governo, Ana Cristina Carvalho, destaca a proximidade da artista e suas relações com alguns nomes importantes da arquitetura, da moda e do design das décadas de 1960 e 1970 em Paris: “As linhas do desenho de Clementina recebem as influências de Oscar Niemeyer, de Le Corbusier e de Charlotte Perriand, que ela interpreta com formas soltas e ergonômicas”.

Formada em arquitetura pela Universidade Federal de Pernambuco, Clementina Duarte tem experiência adquirida em quase 45 anos de carreira, iniciada pelo Institut d’Art et Métiers, em Paris. Recebeu prêmios de Melhor Desenho de Joias na XI Bienal de Arte, em São Paulo, e na I Bienal Brasileira de Design.

A artista prioriza a produção de peças genuinamente brasileiras e, para tanto, emprega a utilização de pedras brasileiras e, além dos artistas mencionados, busca inspiração na arquitetura barroca.

Por Redação