De esconder para lembrar

O espetáculo desperta as crianças para o universo criativo da dança contemporânea, construindo uma coreografia poética sobre os sonhos, alegrias, desafios, angústias e medos da infância. A Meia Ponta Companhia de Dança, de Belo Horizonte, trilha um caminho que não recorre a uma história auto-explicativa e linear.

Ao contrário, faz emergir as “memórias de criança”, por meio das referências pessoais dos bailarinos-criadores, dando vida a um painel marcado por um jogo de cena e brincadeiras guardadas nas lembranças de todos nós, como adedanha, trava-língua e esconde-esconde.

Também estão presentes as nuances da “ingênua loucura”, que atribui poder mágico às crianças, permitindo-as ser, num piscar de olhos, “super-herói, passarinho ou adulto”. A montagem trata dessas coisas escondidas no tempo, refletindo um cotidiano lúdico. O resultado é um espetáculo de imagens sensíveis e comoventes, capaz de encantar o público de qualquer idade.

Por Redação