“Doces Cores de Cora” homenageia poetisa goiana no Sesc Itaquera

Shows, oficinas, teatro, dança e gastronomia na programação especial

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Talento tardio: poetisa lançou o primeiro disco aos 76 anos

Não é um caso isolado na história recente da cultura popular brasileira. Artistas de valor ímpar, cujos talentos transcendem os limites da normalidade, cuja genialidade brota espontâneamente e que, mesmo assim, despotam para o grande público tardiamente. Foi assim com os geniais sambistas Cartola e Clementina de Jesus, que gravaram seus primeiros discos com mais de 60 anos. Foi assim com Cora Coralina, quituteira e bordadeira, que, aos 76 anos de idade, publicou seu primeiro livro.

Celebrando a vida e obra desta importante personagem de nossa cultura, o Sesc Itaquera apresenta, durante todo o mês de junho, uma série de atividades que envolvem shows, oficinas, teatro, dança e gastronomia. “Doces Cores de Cora” festeja as várias atuações culturais de Cora Coralina, que entrou para história como exímia contista e poetisa, mas que, ao longo de sua vida, foi uma doceira de mão cheia e bordava como poucos.

Nesta edição de “Festas Brasileiras”, estão previstos shows de Almir Sater, Antonio Nóbrega, Babado de Chita, Cia Brasílica, Chico César, Maria Alcina, Moraes Moreira, Milton Edilberto, Pereira da Viola, Renato Borghetti e Rita Ribeiro. Receitas típicas de Goías, terra natal da poetisa, serão apresentadas aos visitantes, bem como técnicas de bordado.

A programação completa do evento pode ser acessada no site do Sesc São Paulo. A valor da entrada no Sesc Itaquera é de até R$ 7.

Confira alguns ensinamentos de Cora Coralina:

“O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.”

“O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes.”

“Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.”

“Nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas”

“Se temos de esperar,
que seja para colher a semente boa
que lançamos hoje no solo da vida.
Se for para semear,
então que seja para produzir
milhões de sorrisos,
de solidariedade e amizade.”

Por Redação