Documentários abordam a cultura e miséria da África
O MuBE (Museu Brasileiro da Escultura) apresentará uma série de filmes e documentários sobre o continente africano, que vão abordar temas como cultura, religião, comportamento e as dificuldades encontradas pela população que sofre com a fome e a miséria.
O Cine MuBE, em parceria com o Serviço Audiovisual da Embaixada da França, exibirá os filmes aos sábados, neste mês de novembro, com início às 19h30. A entrada é Catraca Livre e a classificação etária 14 anos.
No sábado, 7, o público acompanhará o documentário “Poeira Urbana”, que mostra a rotina de crianças do Congo que, longe de suas famílias, mendigam pelas ruas. Na sequência, a atração será “A Dançarina de Ébano”, uma produção sobre a dança africana sob a ótica de Irène Tassembédo, uma das maiores personalidades do assunto na África.
Confira, abaixo, as sinopses e demais informações dos filmes.
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07/11
19h30
“Poeira Urbana”
Poussières de Ville (França/Congo/Senegal, 2001)
Direção: Moussa Touré. Documentário em Preto e Branco. Duração: 52 min. Legendado. Classificação etária: 14 anos
O filme começa com uma imagem surpreendente: sete crianças esfarrapadas saem debaixo dos tabuleiros em um mercado de Brazzaville, onde passaram a noite.
Moussa Touré os descobre e passa a registrar suas perambulações pela cidade, atrás de comida e de pequenos biscates.
Aproveitando sua aproximação com as crianças, o cineasta resolve reintegrá-las a suas famílias. Mas o caminho de volta está cheio de dificuldades que revelam o estado da sociedade congolesa.
20h30
“A Dançarina de Ébano”
La Danseuse d’Ébène (França, 2002)
Direção: Seydou Boro. Documentário em Cores. Duração: 52 min. Legendado. Classificação etária: 14 anos
Seydou Boro, que durante um tempo trabalhou como intérprete, é também coreógrafo e produtor. Seu documentário é dedicado a uma das maiores personalidades da dança de origem africana, Irène Tassembédo – nativa, como ele, de Burkina Fasso, onde o filme foi inteiramente rodado. Este “retrato filmado”, que também apresenta Germaine Acogny, contribui para a restauração de todo um segmento da história da dança, investigando os laços e as tensões existentes entre dois continentes e duas culturas.
Irène Tassembédo reside na França há 20 anos. Em 1978, em Burkina Fasso, ela é selecionada para frequentar a escola Mudra-África, fundada por Maurice Béjart em Dacar e dirigida por Germaine Acogny. Conhecer Tassembédo conduz à reflexão sobre um tema essencial: a questão do corpo, tanto em termos dos seus valores como do seu imaginário, e a concepção particular que ele assume para os dançarinos africanos confrontados com a aprendizagem da dança contemporânea ocidental.