Edifício Sampaio Moreira é ocupado por jovens artistas

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Felipe Salem, um dos artistas que ocupam o Edifício Sampaio Moreira

Ideias em ebulição. Assim andam os ânimos dos artistas que compõem o segundo grupo de artistas do Red Bull House of Art 2010. A residência artística tem como endereço o Edifício Sampaio Moreira, no centro de São Paulo e acaba dia 18 de dezembro. No dia 20, segunda-feira, será inaugurada a exposição dos trabalhos desenvolvidos durante a residência.

Localizada no décimo andar, a galeria serve como uma incubadora de projetos em desenvolvimento, onde os artistas e a curadora Luisa Duarte podem testar e avaliar cada trabalho. No mais, é esperar para ver o resultado final na exposição que ficará localizada no térreo do edifício até final de janeiro, com entrada gratuita.

Formado por Clara Ianni, Felipe Salem, Guilherme Peters, Jaime Lauriano, Marcos Brias e Sofia Borges, os integrantes do grupo tem em comum o fato de viverem na cidade de São Paulo, e de estarem em plena formação artística. Considerado o “avô dos arranha-céus” de São Paulo, o Edifício Sampaio Moreira revelou-se um celeiro de inspiração para os artistas ao longo destas seis semanas de residência.

Em 2010, o projeto Red Bull House of Art contou com dois grupos de artistas. O primeiro deles, também com seis integrantes, ocupou o prédio nos meses de setembro e outubro e resultou na exposição “Notas de um processo – Tentativa e Aposta”, já encerrada.

Fonte de inspiração

A inspiração também está do lado de fora da janela. A própria rotina dos artistas ao irem para a residência, diariamente, proporcionou uma proximidade ainda maior com o centro, uma região emblemática da metrópole. “O lugar é espetacular, dá vontade de se instalar por aqui de vez”, diz Felipe Salem que destaca também a facilidade que a área oferece para encontrar os materiais para compor as obras artísticas.

O que passa do lado de fora do prédio também não escapou ao olhar de nenhum deles. No caso da artista Clara Ianni, que terá entre os trabalhos expostos uma galeria de fotos, a lente de sua câmera está apontada para a praça em frente ao edifício. Do alto do décimo andar, é possível ver o quadrado de linha branca fixado por ela no chão, num local bem central do logradouro. Cada vez que alguém passa dentro do espaço delimitado, ela registra o instante com a sua lente.

Além da fotografia, a exposição contará com peças como esculturas, instalações e projeções. O registro de performances também faz parte dos planos de alguns dos artistas também.