Exposição 1961 – A Arte Argentina na Encruzilhada: Informalismo e Nova Figuração

Realizada pelo SESI-SP com organização artística do Museo Nacional de Bellas Artes – Buenos Aires, Argentina, e o apoio da Pinacoteca do Estado de São Paulo, a mostra apresenta um acervo que conta com 53 obras, além de fotos e catálogos de exposições datadas do período.

O acervo, composto por produções de 25 artistas do movimento informalista, conta com nomes de artistas argentinos com intensa e influente produção no período, como Keneth Kemble, Luis Wells, Clorindo Testa, Antonio Berni, Nicolas Garcia Uriburu, Luis Felipe Noé, Ernesto Deira, Antonio Segui e Jorge de La Vega.

divulgaçãoA Arte Argentina na Encruzilhada
A Arte Argentina na Encruzilhada

A mostra, que tem curadoria do crítico de arte portenho Roberto Amigo, está disposta em seis núcleos de obras: Abstrato, Matéria, Transição, Barbárie, Inferno e Síntese. Além destes, haverá mais dois módulos distintos: Destruição, em homenagem ao movimento homônimo e que apresentará nove fotos de bastidores da produção artística dos anos 60, e 1961 e Documentos, com 16 catálogos daquela época, de exposições em cartaz na Argentina e no Brasil.

A expografia do arquiteto Haron Cohen apresentará alguns trabalhos em destaque na mostra: as telas Tiburón e ¿Por qué me temes tanto si ni siquiera soy humano? (ambas de Keneth Kemble), Pintura Negra (Clorindo Testa), Paisaje en formación (Nicolas Garcia Uriburu), Pintura (Marta Minujin), El General Quiroga va en coche al muere (Luis Felipe Noé), El milagro (Jorge de La Veja), Serie Campos de concentración (Ernesto Deira), El peso de Felicitas (Antonio Segui) e El cosmonauta saluda a Juanito Laguna a su paso por el bañado de Flores (Antonio Berni), além da escultura objeto de cobre y maderas viejas (Luis Wells).

Para o curador, a exposição questiona o instante polêmico e modernizador da arte argentina no ano de 1961, centrando-se nas propostas do Informalismo e da Nova Figuração como uma encruzilhada visual da arte portenha naquele momento . “Ela percorre a tensão entre o existencialismo informalista e a ordem do caos, o distanciamento do racional e a eleição da matéria para descrever a mutação e permanência dos processos artísticos em uma sociedade marcada pela violência, mas também, por uma singular força criativa”, conclui Amigo.

Por Redação