Coletivos discutem o meio ambiente no CCSP

Por: Catraca Livre

E.co é uma exposição itinerante promovida pelo Ministério da Cultura da Espanha e pelo Centro Cultural da Espanha, CCE_SP, que reúne vinte coletivos da América Latina e Europa com o propósito de falar sobre o meio Ambiente.

A exposição foi inaugurada em Madri, em maio deste ano, e tem sua estreia em São Paulo neste sábado, 3, ficando em cartaz até final de agosto, no Centro Cultural São Paulo.

Neste sábado, 3, além da abertura da exposição ocorre também um debate sobre a importância da criação de coletivos para o mercado e o futuro da produção colaborativa.

Em busca de uma história que ninguém quis contar

“Garapa” nasceu oficialmente em 2008. Formado por três jornalistas que decidiram explorar mais a fundo as pautas que recebiam do jornal, o coletivo, trabalha com um olhar que nasce da colaboração e tem a missão de captar o subjetivo do cotidiano. Aquilo que normalmente não conseguimos expressar por palavras.

O primeiro trabalho autoral de “Garapa” foi o ensaio “Morar”, em que buscou registrar apartamentos, já vazios, do edifício São Vito. Conhecido prédio da região Central de São Paulo, onde moradores foram obrigados a desocupar em 2008.

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“Começamos a nos reunir a partir de um mesmo sentimento comum: a  frustração com o mercado de trabalho. Juntos, descobrimos que era possível nos pautar por assuntos que achávamos importantes e também executar trabalhos para empresas”, comenta Paulo Fehlauer, um dos idealizadores do coletivo.

“Garapa” funciona a partir de demandas diárias, tendo também reuniões com seus membros para a escolha de um tema do qual colocarão seu olhar. “Vivemos num processo de discussão constante” diz Fehlauer. O resultado nunca individual para Paulo. “É preciso ter a pré-disposição à colaboração para obter resultado”, afirma.

Com ensaios sobre Cuba, em que o coletivo registra ativistas como Yoaní Sanchez a registros como a relação dos antigos moradores do famoso prédio de São Paulo; ao sentimento vivido pela comunidade do Morro Santa Marta, no Rio de Janeiro, que presenciou a construção de um muro para melhor separação territorial, “Garapa”, busca contar uma história que muitos dos jornais não têm tempo e espaço para descrever.

Por outras plataformas, além da escrita, coletivos multimídias como esse conseguem devolver o humano que possamos perder no dia-a-dia.

A importância dos coletivos

Para Fehlauer, os coletivos dão ao mercado um trabalho de qualidade, com custo mais baixo, permitindo ainda a troca de experiências com outros realizadores. “O Garapa discute e questiona o individualismo. Preferimos trabalhar horizontalmente”, defende.

O coletivo realiza seus trabalhos e os apresenta na web e em encontros com outros grupos mundo a fora. Para saber mais sobre o coletivo acesse: www.garapa.org