Faroeste transforma o imaginário popular em teatro juvenil

Inspirado na lenda dos gêmeos encontrado nas culturas africana, católica e grega, o infantil Ibejis, montagem teatral do Pessoal do Faroeste, reúne em cena percussão corporal, cantigas adaptadas às canções contemporâneas e uma cenografia móvel com tecidos e teatro de bonecos. A temporada será aos domingos de junho, às 16h com ingressos “pague quanto puder” na Sede Luz do Faroeste.

A história contada na peça é um recorte do sincretismo religioso na formação das festas populares do Brasil como folguedos, festas do divino, boi-bumbá, frevo etc. Dessa forma, Paulo Faria, diretor e dramaturgo da Companhia, investigou a lenda dos Ibejis africanos, passou aos santos católicos São Cosme e São Damião, gêmeos presentes em outras culturas, como a criação do signo de Geminis na constelação zodiacal criada na mitologia grega, para criar a leitura teatral nesse contexto. “A ideia é aproximar a mitologia africana da história universal do homem, entendendo que a África é o continente mais antigo da humanidade e berço da civilização humana”, explica Faria.

Sobre o Pessoal do Faroeste Cia de Teatro

Fundada em janeiro de 1998, a Cia tem tido como fonte de pesquisa a vida social e política do povo brasileiro por meio de seu imaginário popular e de sua cultura. A companhia tem como principais montagens: Um Certo Faroeste Caboclo (1998), que recebeu o prêmio Teatro Jovem Coca-Cola/Pananco de Melhor Direção (Paulo Faria) e Melhor Coreografia (Luís Miranda) e as indicações de Melhor Música (Eliseu Paranhos), Rei dos Ventos e, em 2000, A Mulher Macaco, que recebeu o Prêmio Nacional Plínio Marcos de Dramaturgia/2000 e foi patrocinada pelo Grupo Construcap (Lei Mendonça) e o Programa Federal EnCena Brasil.

Por Redação