Programação da 17ª edição do “É Tudo Verdade”

Movimentos culturais e músicais ganham destaque na programação da mostra

A música serviu como plataforma de subversão estética no final dos anos 60, quando Caetano Veloso e Gilberto Gil protagonizaram – ao lado de outros artistas como Mutantes, Tom Zé e Torquato Neto – o movimento vanguardista “Tropicália”.

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"Jorge Mautner - O Filho do Holocausto" é um dos destaques do festival

Mesclando a canção popular com acordes dissonantes do rock internacional, a iniciativa respingou também em outras artes como nas películas de Glauber Rocha, a inquietude de Zé Celso Martinez e seu Teatro Oficina e até os parangolés de Hélio Oiticica. Após muitas águas rolarem, a iniciativa virou foi para as telas em “Tropicália”, documentário que inaugura a 17ª edição do festival “É Tudo Verdade” no Cine Sesc, dia 23, às 21h.

Em São Paulo, a mostra fica em cartaz entre 22 de março e 1 de abril nas salas de cinema do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), CineSesc, Museu da Imagem e do Som e Cinemateca Brasileira (Sala BNDES). Com excessão das sessões do CCBB que tem ingressos até R$ 4, a entrada nos outros circuitos é Catraca Livre.

Outra produção que cultua a musicalidade é “Jorge Mautner – O Filho do Holocausto”, documentário dirigido por Pedro Bial que resgata peculiaridades da vida e obra do cantor, compositor e escritor carioca.

O Festival “É Tudo Verdade” nasceu em 1996 após iniciativa do crítico paulista Amir Labaki, e desde então traz lançamentos e clássicos nacionais e internacionais às cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Outra faceta do evento que merece ressalva é a competição de longas e média-metragens nacionais e internacionais, em que jurados avaliam cinco produções finalistas e anunciam o vencedor ao término do festival.

Confiradetalhes de duas produções que integram a programação da mostra:

Cartas Para Angola

Dia 25, na Cinemateca Brasileira, às 18h

Cartas Para Angola (Brasil, 2011, 75′, dir.: Coraci Ruiz e Julio Matos)

Separados pelos extremos do Atlântico, Brasil e Angola são semelhantes em seu passado colonial e falam a mesma língua. O documentário apresenta laçoes afetivos entre pessoas que moram nos dois países e trocam correspondências para saber como está quem escreve do outro lado.

Dino Cazzola – Uma Filmografia de Brasília

Dino Cazz (Brasil, 2011, dir.: Andréa Prates e Cleisson Vidal)

Dia 24, no CineSesc às 21h
Dia 26, no CineSesc, às 15h

O filme faz um levantamento histórico do acervo guardado por Dino Cazzola, que detalha o processo de construção da cidade satélite entre 1960 e 1980.