Festival em SP mostra novidades para quem ama mergulhar

Atenção mergulhadores e simpatizantes das atividades marinhas: as experiências abaixo contém alta dose de motivos para você querer largar tudo e cair no mar.

Ou vai dizer que você não gostaria de visitar a Disney do mergulho e alimentar centenas de tubarões, no Caribe; conhecer a capital brasileira dos naufrágios; e até passar uma semana inteirinha, embarcado para mergulhos diários, entre Recife e Alagoas?

Recife é considerado a ‘Capital dos Naufrágios’[/img]

Outra novidade adiantada para o Viagem em Pauta é a criação de um museu submarino com 15 estátuas que serão afundadas em breve, também no Recife, conforme informou o mergulhador Fernando Clark.

A região, cujas embarcações se encontram entre 14 e 58 metros de profundidade, é conhecida pelas águas mais quentes e com grande presença de vida marinha, “mais do que em Fernando de Noronha”, uma espécie de Harvard do mergulho brasileiro, explica Fernando Clark da operadora Aquáticos.

Por ali, as saídas com dois mergulhos custam R$ 360 e podem ser realizados durante todo o ano, exceto de julho a agosto, quando os ventos e ondas mais fortes reduzem a visibilidade de 40 para 15 metros, completa Clark.

Mas se dois mergulhos não forem suficientes, que tal uma semana inteira, embarcado e com um dos melhores mares da costa brasileira sob os pés?

Com saídas semanais, de acordo com a demanda, o liveaboard Voyager navega entre Recife e Maceió, durante sete dias e com até três mergulhos diários.

Esse catamarã de 18 metros de comprimento e com capacidade para até 12 mergulhadores em cabines compartilhadas começa a travessia na costa do Pernambuco e segue até Barra de São Miguel, em Alagoas. Seu calado baixo permite a navegação por pontos onde outras embarcações não conseguem chegar.

Durante uma semana de viagem, mergulhadores com certificado avançado realizam operações que vão de mergulhos rasos a 20 metros de profundidade até descidas a 56 metros.

Para Patrick Muller, proprietário da agência que opera o Voyager, o ponto máximo da programação é o Itapagé, navio que afundou a 12 milhas da costa da Barra de São Miguel, após ter sido torpedeado pelo submarino alemão U-161, em 1943.

Embarcar em um liveaboard, como são chamados os barcos que fazem roteiros exclusivos para mergulhadores e acompanhantes, é como permanecer imerso em um mundo submarino, mas com as facilidades de um catamarã equipado com cabines, chuveiro com água quente, chef de cozinha a bordo e assistência em todas as operações.

A capital pernambucana é porta de entrada não só para esse mundo arqueológico submerso mas também para a cobiçada Fernando de Noronha, outro destino que também está presente no PADI Dive Festival.

Localizado a 545 km de Recife, Fernando de Noronha é um arquipélago oceânico que emerge do fundo do Atlântico, cuja distância do litoral e a ausência de águas de rios e seus sedimentos garantem uma das melhores visibilidades do Brasil, podendo chegar a 50 metros.

Mais do que riqueza em biodiversidade, Noronha fascina pelos cenários marinhos com fundos de pedra e de areia, pequenas cavernas e uma fauna exibida.

Para mergulhos no Mar de Fora, por exemplo, a melhor temporada vai de março a maio, quando há menor incidência de ventos sudoestes, segundo Daniel Muller, instrutor de mergulho da operadora Atlantis, em Noronha.

DISNEY DO MERGULHO

Os mergulhos em águas internacionais também marcam na edição deste ano do festival que acontece em São Paulo, até o próximo dia 11 de outubro.

A novidade fica com a desconhecida Bonaire, aquela ilha de origem holandesa, a 64 km da Venezuela, que a gente só conhecia em disputadas partidas de WAR.

Mas a guerra por ali é escolher em qual dos pontos desembarcar para o próximo mergulho, cuja costa oeste abriga mais de 60 pontos de interesse.

Bonaire, vizinha a Aruba e Curaçao, é considerada um dos melhores endereços de shore dive do mundo, quando o acesso para mergulho é pela costa, e se caracteriza por descidas rasas de até 20 metros e sem correnteza, descreve Sandro César, proprietário de uma agência de São Paulo com saídas frequentes para a ilha caribenha.

O destino, considerado o único da região que não conta com mergulhos embarcados, é uma espécie deself service, em que o visitante usa carro próprio, conta com postos de troca de tanques de ar espalhados em vários pontos e para nos locais desejados para mergulho, de acordo com seu interesse.

Sem a necessidade de ter que esperar saída de barcos ou da tripulação, em Bonaire, não é raro ver mergulhadores realizando até oito mergulhos, em um mesmo dia.

“Bonaire é um aquário. É a Disney dos mergulhos”, descreve William Ramirez do Tourism Bonaire, escritório de promoção do turismo na ilha, também presente no PADI Dive Festival.

A experiência submarina acontece em águas protegidas com até 26 graus de temperatura e visibilidade que ultrapassa os 30 metros. Localizado em área fora da zona de furacões, Bonaire tem condições para mergulho, durante todo o ano, e a alta temporada vai de dezembro a abril.

BAHAMAS COM TUBARÕES

Para elevar o nível de adrenalina, as Bahamas contam com o emocionante (e seguro) shark feedinng, como são conhecidos os mergulhos guiados para alimentação de tubarões, em Nassau.

Essa é uma das modalidades mais populares desse arquipélago de 700 ilhas, a 80 km ao sul da Flórida, nos Estados Unidos.

Equipados com tanque duplo, os mergulhadores se ajoelham em um semi círculo diante do alimentador e esperam o agito de espécies como o tubarão bico-fino, atraídos pelas iscas dentro de uma caixa transportada pelo profissional.

Mergulho com alimentação de tubarões, nas Bahamas[/img]

Nessa espécie de Manaus asiática, marcado pela umidade e altas temperaturas, a temporada mais popular vai de dezembro a março, segundo recomenda Leonardo Pugliese, responsável pelo marketing do Tourism Authority of Tailand.

Seja em águas vizinhas do Nordeste brasileiro ou do outro lado do mundo, a gente sempre tem um motivo para querer cair na água, mais uma vez.

São Paulo Boat Show e PADI Dive Festival
Onde: São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, Pavilhoes 1 e 2 / Tel.: 2186-1000
Quando: de 6 a 11 de outubro / das 13 às 22h (dias 7 e 10); das 12h às 22h (dias 8 e 9); e das 13h às 21h (dia 11, encerramento)
Quanto: R$ 70

Em parceria com Viagem em Pauta

O Viagem em Pauta é o projeto pessoal do jornalista Eduardo Vessoni, profissional que atua com turismo desde 2008 e já colocou os pés em todos os continentes.

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