Holocausto é mostra no Sesc Pompeia e ciclo de filmes
O Sesc Pompeia trouxe mostra sobre o Holocausto intitulada “Shoá – Reflexões por um mundo mais tolerante”. Programação especial de cinema com filmes sobre o tema como Rompendo o silêncio – Olhos do Holocausto, produzido por Steven Spielberg, dirigido por Janos Szasz até Amen, de Costa-Gavras, com Mathieu Kassovitz. Nesta quarta-feira, 23, apresenta o filme “Olga”, de Jayme Monjardim.
Projetada e concebida por três jovens uruguaios, Patricia Catz, Samuel Dresel e Uri Lichtenstein, a mostra teve seu ponto de partida em Montevidéu para a implantação deste projeto no Brasil. No Uruguai a exposição levou dois anos para ser preparada e envolveu mais de 150 pessoas, em sua maioria voluntários.
Confira a programação:
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- “Mostra de Repertório Cia-Truks” no Sesc pompeia
- Mostra “As Palavras e o Mundo” no Sesc Pompeia
Dia 23 de junho
Apresentação de filme
“Olga” do diretor Jayme Monjardim, acompanhado de debate com Marcos Napolitano, Professor do Departamento de História da USP
Dia 30 de junho
Apresentação de filme
“Noite e Neblina” de Alain Resnais. Discussão com Prof. Celso Zylbovicius, Diretor Educacional do projeto Marcha da Vida Universitários
Cinema Intinerante
Confira essa programação no Centro de Cultura Judaica
4/6 Romper o silêncio
A mostra começa com o exercício, repetido diariamente, de quebrar o silêncio: “vamos falar da Shoá, o holocausto judaico?” Sempre há argumentos para não falar mais dela: já se falou muito, temos que esquecê-la, passar para outra coisa, ir adiante! Porém há ainda na Shoá algo que desafia o nosso entendimento: o que nos levou a tal barbaridade? À medida que a nossa noção de progresso acompanhou e ajudou a cometer esses crimes, estes são atuais e se repetem. Anita Pinkus quebra o silêncio apresentando um filme húngaro realizado com base nas pesquisas iniciadas pela Shoa Foundation, liderada por Steven Spielberg, e das quais ela participou: Rompendo o silencio – Olhos do Holocausto.
20h – Rompendo o silêncio – Olhos do Holocausto, produzido por Steven Spielberg, dirigido por Janos Szasz
5/6 Reflexões sobre o encarceramento
O segundo dia apresenta três filmes que tratam das questões do encarceramento de inocentes: sejam os judeus recém-saídos dos campos de concentração, sem terra, presos em campos de refugiados e tentando ir para a Palestina; o encarceramento das 20 mil vítimas do Camboja dos Khmer vermelhos; ou as condições inumanas de encarceramento dos prisioneiros do Carandiru.
15h – Prisioneiro da grade de ferro, de Paulo Sacramento
17h – O longo caminho para casa, narrado por Morgan Freeman
19h – S21, a máquina da morte Khmer vermelho, de Rithy Pan
6/6 Reflexões sobre o julgamento dos criminosos
O terceiro dia levanta a questão do julgamento dos culpados por crimes contra a humanidade ou de guerra. Vamos apresentar vários recursos que o cinema usou para ilustrar essa questão: seja a ficção (O estranho, de Orson Welles, primeiro filme a mostrar imagens de arquivo dos campos de concentração), a ficção cientifica (Os meninos do Brasil, que imagina as novas experiências do infame Mengele refugiado no Brasil) ou o documentário (A lista de Carla, retratando a batalha da juíza Carla del Ponte para julgar os crimes de guerra da ex-Iugoslávia).
15h – O estranho, de Orson Welles, com Edward G. Robinson
17h – Os meninos do Brasil, com Gregory Peck
19h – A lista de Carla, de Marcel Schupbach
8/6 Reflexões sobre o preconceito
O quarto dia mostra dois filmes nos quais o preconceito pode matar: seja o clássico Monsieur Klein, em que Alain Delon interpreta um marchand não judeu, que é confundido com um judeu e deportado; ou o jovem negro americano do filme O culpado ideal, condenado à morte por ser negro e estar no lugar errado na hora errada.
18h – O culpado ideal, de Jean-Xavier de Lestrade
20h – Monsieur Klein, de Joseph Losey, com Alain Delon e Jeanne Moreau
9/6 Reflexões sobre a influência do cinema
O quinto dia destaca um exemplo da relação complexa entre Hollywood e a Shoá, frisando de que maneira o cinema participa da história que pretende retratar: os três Oscar que O diário de Anne Frank levou em 1959 explicam como a Anne Frank Foundation conseguiu, em 1960, comprar a casa ao lado do esconderijo que Anne Frank morou por dois anos em Amsterdã, criando assim um memorial visitado por mais um milhão de pessoas por ano.
20h – O diário de Anne Frank, de George Stevens, com Millie Perkins
10/6 Reflexões sobre a resistência
O sexto dia resgata a atuação dos heróis invisíveis que, contra o sistema do qual faziam parte, foram os primeiros a se perguntar: “Vamos falar da Shoá, o holocausto judaico?”, iniciando o exercício que fazemos com essa mostra e que visa a quebrar o silêncio. Para isso, vamos exibir o último filme de Costa-Gavras: Amen!
20h – Amen, de Costa-Gavras, com Mathieu Kassovitz