Ilha do Combu é a versão doce de Belém, capital do Pará

Por Eduardo Vessoni

Museus de cenografia caprichada, rituais religiosos que conseguem unir todas as crenças e gastronomia de autor sem afetação.

Definitivamente, a capital do Pará reúne o melhor do turismo da Amazônia, com passeios sinceros e econômicos que ficam longe das atrações engana-turistas de outros destinos amazônicos.

Em Belém, a floresta fica bem na porta de casa. A 15 minutos de barco, para ser mais exato.

Passeio Furos & Igarapés, em Belém

Combu é uma das 39 ilhas de Belém e ganhou fama com seus chocolates artesanais, feitos com cacau plantado no quintal de casas erguidas sobre palafitas. Até chefs brasileiros como Alex Atala e Thiago Castanho já se renderam ao produto.

Essa Área de Proteção Ambiental (APA) está na margem esquerda do rio Guamá, a 1,5 km ao sul de Belém. Com 15 km² de extensão, a ilha é procurada por seus passeios em furos e igarapés locais, como são conhecidos os braços de rios que criam canais naturais que invadem o interior da ilha.

Ilha do Combu, próximo a Belém

Uma das opções para visitar a ilha é um tour guiado, conhecido como ‘Furos & Igarapés’, que navega por corredores fluviais em comunidades ribeirinhas, de onde saem grupos pequenos que fazem trilhas curtas no interior da floresta amazônica.

O passeio é operado por agências de turismo de Belém.

Produção de chocolates

Cacau da Ilha do Combu

As 200 famílias responsáveis pelos chocolates 100% cacau representam 50% da população da ilha de Combu, cuja produção anual é de quatro toneladas.

A qualidade do produto local se deve a um solo fértil de várzea que está, permanentemente, úmido e é rico em minerais argilosos. Atualmente, o chocolate é a segunda fonte de renda da população (a primeira é o açaí).

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Conhecida como Dona Nena, essa empresária cacaueira produz em um terreno de 14 hectares, onde todo o processo, da colheita à pila do cacau, acontece em sua própria casa, cujo quintal abriga uma samaúma centenária e o chão está forrado com coloridas flores de jambo.

A visita ao local inclui café da manhã servido na varanda, degustações de brigadeiro de colher e sucos de cupuaçu e de cacau, de acordo com a época do ano.

Outro destaque gastronômico da ilha é o Saldosa Maloca, assim mesmo com L. Há mais de 3o anos, a família da proprietária Prazeres recebe clientes com um cardápio de peixes como pescada branca e tambaqui, em um restaurante sobre palafitas, de frente para Belém.

SAIBA MAIS
Chocolate artesanal da Dona Nena (Filha do Combu)
Tel.: (91) 9 8873-5284 / 9 9616-0648
combuorganico@gmail.com

Site oficial da secretaria de turismo do Pará
www.paraturismo.pa.gov.br

Como chegar
O embarque para a Ilha do Combú acontece em um porto improvisado, na Praça Princesa Isabel, em Belém.

Embora seja possível fazer de forma independente, os serviços de travessias não são regulares. Por isso, o ideal é combinar o traslado com os estabelecimentos que serão visitados na ilha, cujos serviços costumam incluir o valor da travessia.

Em parceria com Viagem em Pauta

O Viagem em Pauta é o projeto pessoal do jornalista Eduardo Vessoni, profissional que atua com turismo desde 2008 e já colocou os pés em todos os continentes.

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