Instituto Carrefour mostra “O Cinema que vê o mundo”

Ciclo discute o impacto de filmes que retratam a realidade de pessoas excluídas pelo governo e sociedade.

Durante o mês de maio, o Instituto Carrefour apresenta o curso “O Cinema que Vê o Mundo”, uma coletânea de filmes que tiveram papel fundamental na transformação de sociedades e culturas de diversas partes do mundo. Dividido em quatro aulas, o curso apresentará trechos de premiados longas-metragens para discutir a sua importância e contribuição nas mudanças observadas em lugares como China, Irã, Europa e Brasil.

Nesta terça-feira, 10, o tema central são as fronteiras flutuantes da Europa. Imigração, trabalho ilegal, vida criminal e servidão humana.  Será exibido os filmes: “Bem-vindo”, “Gomorra”, “O Segredo de Lorna”, “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”.

As exibições são gratuitas e acontecem às terças-feiras, às 19 horas, no Auditório Tom Jobim do Instituto Carrefour. As inscrições podem ser realizadas pelo telefone 11 5180-4624 ou pelo e-mail comunicação@carrefour.com. Os ingressos deverão ser retirados no dia, com até meia hora de antecedência.

Com participação de Cássio Starling Carlos, crítico, pesquisador, professor de história do audiovisual e curador, “O Cinema que Vê o Mundo” oferece ao público um olhar diferente dos mesmos temas que são retratados diariamente pelas reportagens televisivas. Através do cinema, é possível acompanhar e se emocionar com os dramas pessoais vividos pelos personagens, além de compreender como as decisões tomadas nas altas esferas políticas podem transformar o cotidiano de indivíduos e populações.

China

A mudança de rumo em direção ao capitalismo ocasionou transformações radicais na ordem econômica e social do País. Desde a década passada, o cineasta Jia Zhang-ke capta essas modificações em filmes que funcionam como sismógrafos, capazes de registrar tanto grandes abalos como os menores tremores.

Irã

Foco de grandes manifestações durante a reeleição do governo conservador, em 2009, os filmes de cineastas perseguidos pela censura do Irã registram a resistência ao regime e os anseios dos jovens pelo direito de liberdade, sempre confrontado por uma política oficial de repressão que gera repúdio e indignação.

Europa

O fenômeno incontrolável da imigração provoca receios e reações de intolerância. Pobreza, criminalidade, desemprego e falta de perspectiva para jovens são os sintomas de uma crise social que afetam países que julgávamos ricos e ordenados. Filmes feitos por cineastas franceses, belgas, italianos e romenos representam com acuidade as tragédias repercutidas diariamente pelos jornais locais.

Brasil

No cinema nacional, ganha visibilidade os dramas enfrentados pelas mulheres. Violência, miséria emocional, sobrecarga de trabalho, a sobrevivência na periferia e em regiões pobres do País são temas retratados nos filmes.

Confira programação

Cada um desses temas ocupará uma das aulas do curso, que será assim distribuído:

10/05 – As fronteiras flutuantes da Europa. Imigração, trabalho ilegal, vida criminal e servidão humanaFilmes: “Bem-vindo”, “Gomorra”, “O Segredo de Lorna”, “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias”.

17/05 – Irã: o Estado de Deus contra a fé dos homens. Onde a revolta árabe começou e ainda não terminou

Filmes: “Ouro Carmim”, “Procurando Elly”, “O Caçador”, “Ninguém Sabe dos Gatos Persas”.

24/05 – Brasil: A mulher que se reinventa

Filmes: “Antonia”, “A Casa de Alice”, “Deserto Feliz”, “O Céu de Suely”.

Por Redação