Luiz Melodia & Naná Vasconcelos

O cantor carioca nasceu em 1951, no morro do Estácio. Único filho homem de Oswaldo e Eurídice, descobriu a música por influência do pai, que tocava viola em casa. Embora o pai sonhasse em ter um filho doutor, Luiz Melodia abandonou os estudos e passou a compor e tocar sucessos da Jovem Guarda e Bossa Nova com o grupo Instantâneos.

Logo, chamou a atenção de Torquato Netto e de um assíduo frequentador do morro, o poeta Wally Salomão, que o apresentou à cantora Gal Costa. Ela gravou Pérola Negra (1972) e, pouco depois, Maria Bethânia gravou Estácio Holly Estácio. Luiz gravou seu primeiro disco antológico Pérola Negra (1973), mas sua carreira se consolidou com o lançamento do álbum Maravilhas Contemporâneas (1976), seguido de Nós (1980) que continha a faixa Codinome Beija-Flor. Na década de 90, vieram outros dois discos: Relíquias (1995) e Acústico – Ao Vivo (1999), gravado durante turnê nacional, considerada sucessos de público e crítica.

Natural do Recife, Juvenal de Holanda Vasconcelos passou duas décadas tocando pelo mundo e já morou em Paris (França) e Nova Iorque (EUA). Ainda assim, seu trabalho não deixou de sofrer influências de sua terra natal. Curioso nato, Naná Vasconcelos aprendeu a tocar todos os instrumentos de percussão, embora, nos anos 60, tenha se especializado em berimbau. Seu eclético repertório vai da música erudita do compositor brasileiro Heitor Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix.

De volta a capital fluminense, começou a trabalhar com Milton Nascimento e, em 1970, foi convidado pelo saxofonista argentino Gato Barbieri a integrar seu grupo. Apresentaram-se em Nova Iorque e Europa, com destaque para o Festival de Montreaux, na Suíça. De volta a Nova Iorque, formou o grupo Codona, com Don Cherry e Collin Walcott.

A partir dos anos 80 gravou os discos: Saudades, Bush Dance, Rain Dance, Contando Estórias, Contaminação, Minha Loa, Chegada e Trilhas.

Por Redação