A magia de cinco cavernas ao redor do mundo
Benagil, na região portuguesa de Algarve[/img]
Benagil, no Algarve, não é famosa por sua dificuldade de acesso, mas sim pela incidência das cores em suas paredes, que variam de tonalidades durante o todo dia, criando em determinados momentos policromias impressionantes. Essa gruta foi considerada pela famosa revista “Condé Nast” como um dos 50 lugares mais bonitos do mundo. Rio de Janeiro também faz parte dessa lista.
Caverna do Mago Merlin, Inglaterra
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A entrada da caverna do Mago Merlin é vista do alto do penhasco onde se localiza o castelo do Rei Arthur, em Tintagel, na Cornualha. Dizem que é possível entrar na caverna se o viajante tiver pernas fortes para descer e depois subir centenas de degraus e passagens estreitas –quando o tempo permitir– o que nunca acontece.
A névoa suspensa que encobre as ruínas do castelo, as cambiantes cores que se formam devido ao jogo de luz e sombra, o vento de cão, a grandeza das nuvens geradas pela espuma das ondas que investem contra o penhasco e se embrenham na caverna do Merlin, nada ali oferece calma. Ao contrário, tudo compõe uma verdadeira tempestade visual. O que é bom é que só essa vista e essas sensações já são a grande aventura.
(foto 003)
Caverna de Terra Ronca, Brasil
O que parecia ser uma enorme sombra num rochedo escarpado, era a monumental abertura da caverna de Terra Ronca. Com aproximadamente 90 metros de diâmetro, essa abóbada, ao lado das cavernas de Fingal, na Escócia e Deer Cave, na Malásia, são consideradas as maiores do mundo.
De fácil acesso, logo após deixar sua entrada, muito utilizada para a prática do rapel, começamos nossa jornada pelo seu interior. Caminhamos sobre o leito pedregoso do rio, com água pela cintura, por uns setecentos metros, até o rio estrangular-se num paredão. E logo a seguir, chegamos num enorme desfiladeiro. A morfologia das cavernas se alterou em função de desabamentos locais e avalanchas. Continuando, passamos por entradas conhecidas como Terra Ronca II e Buraco das Araras, até atingirmos o Salão dos Namorados, cujas dunas são banhadas pelas águas, e a nave possui ocorrências de espeleotemas.
A verdade é que não se pode avaliar, de longe, o que é uma viagem pelo interior dessa caverna no cerrado do nordeste goiano.
Grutas de Gelo do Glacial Amália, Chile
O poeta inglês Alexander Pope diz num poema, que há neste mundo lugares em que até os anjos pisam devagar, e isso vale para essas grutas. Localizadas no Estreito Peel, no Campo de Gelo Sul, essas cavernas, algumas delas com mais de 200 metros de extensão, podem ser visitadas (por sua conta e risco) durante o ‘stopover’ dos navios que se dirigem ao Glacial Pio 12, o maior do nosso hemisfério.
A claridade no interior da geleira é reforçada pelos tons cristalinos dos azuis e dos verdes. As pequenas abóbodas formadas em seu interior abrigam imagens tão belas quanto inesperadas, e o silêncio austral só é quebrado pelos estalidos dos blocos de gelo, e isso já vale como um sinal para sair de lá.
Waitomo Cave, Nova Zelândia
Essa caverna é mais uma prova que a Nova Zelândia é um pais que parece saído de um conto de fadas. Localizadas na Ilha do Norte, esse conjunto de cavernas tem uma singularidade quase única no mundo. Suas paredes são forradas por Glow Worms que podem ser traduzidas como larvas brilhantes.
Por Heitor e Silvia Reali, do site Viramundo e Mundovirado