Mapa de ficções baseadas em fatos sobre as várias augustas

Por: Redação

A partir do dia 25 de Janeiro, entre 10h e 18h, a exposição 2346 entra em cartaz na Escola São Paulo. O projeto, que foi criado pelo grupo LAT-23 especialmente para o aniversário de São Paulo, fica exposto até o dia 1 de abril.

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Imagem comentada por Francisco César Fillho

Cartografias são sempre imprecisas. Um aspecto importante de 2346, criado pelo LAT-23, é discutir a impossibilidade de mostrar num mapa tudo sobre um lugar.

Cartografar é propor pontos de vista sobre espaços (na paisagem otimista de usuários de mapas abertos e coletivos) ou delinear marcas em territórios (no cenário pessimista da cartografia clássica de viés militar).

Mesmo sobrepondo formas de ver a rua, 2346 só mostra a Augusta em fragmentos de um mosaico incompleto. Histórias que se entrelaçam contando dias e noites particulares ou genéricos, fatos e dados inúteis ou inusitados, casos e coisas viscerais ou desnecessárias.

Ao ficcionalizar relatos e selecionar estatísticas de forma arbitrária, 2346 conta tanto narrativas saborosas e histórias ardidas quanto a impossibilidade de mostrar um lugar a partir do que ele tem de específico.

Sobre o grupo
LAT-23 é formado pelos artistas Cláudio Bueno, Denise Agassi, Marcus Bastos e Nacho Durán. O grupo trabalha com procedimentos de re-mapeamento, por meio de pesquisa sobre as relações entre formatos gráficos, online ou de mídias portáteis, e os vários contextos em que circulam.

Desenvolveu trabalhos como “Kandinsky by Perdizes”, exibido na exposição Connecting Urban Spaces, na Galeria Green Papaya (Manilla) e “coexistências”, indicado ao Prêmio Autonomias del Desacuerdo, no Festival Transitio_mx 2009 (México).

Atualmente está desenvolvendo o webdocumentário “Cidades Visíveis”, selecionado pelo programa RUMOS Itaú Cultural.

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