Parceiro de Vanessa da Mata e Arnaldo Antunes, Marcelo Jeneci envereda na carreira solo este ano. Confira a entrevista que o músico deu para o Catraca Livre
Nos dias 28 e 29 de janeiro, o multi-instrumentista e compositor Marcelo Jeneci apresenta, no Centro Cultural São Paulo, músicas inéditas e outras feitas em parceria com nomes como Arnaldo Antunes, José Miguel Wisnik e Luiz Tatit. Além disso, o Jeneci também encerra o São, São Paulo Festival, no domingo, dia 31.
O músico, que já tocou com Vanessa Da Mata, Cidadão Instigado e Elza Soares, saiu da zona leste de São Paulo para viajar como músico na banda de Chico César e hoje segue carreira solo.
Em entrevista ao Catraca Livre, Jeneci fala um pouco sobre a sua trajetória e a reestreia nos palcos.
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Sobre o seu envolvimento com a música, qual foi a sua escola musical? Quem te influenciou?
Em algum momento da infância, percebi que estava tocando e assobiando melodias que até hoje não saem da cabeça. Minha escola foi a escola do tempo, onde tudo que a gente escuta – desde os ruídos da cidade até o silêncio do campo – acabam influenciando em tudo o que a gente faz. Além de escutar o que tocava no rádio, ouvi músicas de Roberto Carlos, Alceu Valença, trilhas de filmes e o universo de Tom Jobim.
Você começou a carreira tocando como instrumentista para o Chico César. Como foi essa experiência?
Meu contato com o Chico rolou através de um amigo músico que tocava com ele e que na sua saída me indicou pra substituí-lo. A experiência foi enriquecedora e desbravadora.
Depois de tocar com ele, quais foram os outros trabalhos?
Comecei a tocar com Vanessa da Mata, Elza Soares, Zé Miguel, Arnaldo Antunes e Cidadão Instigado. Paralelamente aos projetos desses artistas, onde eu era um dos integrantes da banda, eu gravava algumas coisas em casa e compunha minhas musicas.
Você teve duas músicas suas em novelas da Globo. Uma com a Vanessa e outra com o Arnaldo Antunes. Como aconteceram essas parcerias?
De uns tempos pra cá, comecei a fazer canções (música e letra). Nesse momento eu tocava na banda de Vanessa e compus com ela “Amado”, minha primeira música gravada. Continuei compondo e conhecendo novos compositores e assim nasceu a parceria com Arnaldo. A música “Longe” também entrou em uma novela. Percebi a presença de um crivo popular intrínseco a tudo que eu faço.
Agora você tem um show com composições próprias. O que você prepara para essas apresentações?
O show que apresento é resultado de uma vivência musical, onde durante longos anos, segui tocando com artistas incríveis pra multidões imensas. Apresento um show autoral onde algumas canções são parcerias e outras não. Tenho o raro privilégio de tocar com Regis Damasceno (baixo), Richard Ribeiro (bateria e metalofone), Estevan Sincovitz (guitarra) e Laura Lavieri (voz). Além de excelentes músicos, são grandes amigos.
O que você tem escutado ultimamente?
Músicas que tocam no rádio e canções de amigos como Tulipa Ruiz, Cidadão Instigado, Curumin, Léo Somar, Karina Burh, Arnaldo Antunes, Luiz Tatit e vários outros.
Quais são seus projetos para 2010?
O projeto para 2010 é o lançamento do disco “Feito pra acabar” e a excursão com o maior número de shows possíveis pelo Brasil a fora.