Memorial da Resistência celebra centenário de Apolonio de Carvalho
"Apolonio de Carvalho, a trajetória de um libertário" traz fotos, documentos, cartazes e textos do revolucionário
Resistência. Se há alguma palavra que possa sintetizar a vida e a atuação política e social de Apolonio de Carvalho, é essa.
O militante atuou na Insurreição de 1935, em Natal, e logo passou a exportar seus ideais para outras paragens. Ultrapassando as fronteiras do Brasil (tal como Ernesto “Che” Guevara faria anos depois, ao sair da Argentina para “internacionalizar” a Revolução), o militante combateu o franquismo – como voluntário nas Brigadas Internacionais – na Guerra Civil Espanhola e foi coronel da Resistência Francesa na luta contra o nazismo na 2ª Guerra Mundial.
De volta ao Brasil, nos anos 60, fundou o Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Nos anos de chumbo, sofreu com o exílio. Posteriormente, atuou ativamente no processo de redemocratização, sendo fundador do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 2005, aos 93 anos, faleceu, vítima de pneumonia.
Celebrando o rico legado deixado pelo revolucionário, o Memorial da Resistência de São Paulo apresenta, de 31 de março a 1º de julho, a exposição “Apolonio de Carvalho, a trajetória de um libertário”.
A mostra presta uma homenagem aos 100 anos de nascimento do militante e traz cerca de 30 painéis com fotos, documentos, cartazes e textos. A programação ainda reserva a exibição de trechos do documentário “Vale a pena sonhar” (2003), que apresenta a história de vida de Apolonio de Carvalho e traz uma seleção de imagens da Guerra Civil Espanhola e da Resistência Francesa.
“Apolonio de Carvalho, a trajetória de um libertário” foi montada pela primeira vez no Museu da Resistência e Deportação de Toulouse (cidade no sul da França, libertada do domínio nazista sob o comando de Apolonio) e também passou por Rio de Janeiro (2007) e de Recife (2008).
Com curadoria de Stela Grisotti e expografia de Rudi Böhm, a mostra tem entrada Catraca Livre.