MIS encerra suas programações de 2010 neste final de semana

O Museu da Imagem e do Som (MIS) encerra sua programação de 2010 com as dois espetáculos. O primeiro ocorre dia 11 de dezembro, sábado, com o Show Porto que tem a entrada à R$10. O último acontece no dia seguinte, domingo, às 20h, com a apresentação do espetáculo audiovisual “Comprimido”, com entrada gratuita.

Porto

No projeto Porto, Richard Ribeiro mostra a diversidade de suas influências, com um trabalho instrumental que mescla elementos do jazz, do rock e improvisação. Além de arranjos rítmicos criativos, destacam-se no projeto as melodias de metalofone e as bases sonoras pré-programadas. O repertório do show se concentra nas faixas do EP Fora de Hora, lançado em 2009, e traz também faixas inéditas.

Richard Ribeiro é integrante do grupo São Paulo Underground, e já colaborou com Bodes & Elefantes, Lurdez da Luz, MDM, Marcelo Jeneci, M.Takara, Mike Ladd, Nathan Bell, Faraquet, Hurtmold, Cidadão Instigado, Guizado, pexbaA, Debate e Diagonal, entre outros. Neste show, o músico é acompanhado pelo guitarrista Régis Damasceno e conta com a participação de Ciça Lucchesi na projeção.

Comprimido

O espetáculo Comprimido, apresentado no domingo, é composto por quatro trabalhos e explora a interação entre procedimentos sonoros e imagéticos, sempre de forma experimental. O projeto, organizado pelo artista Giuliano Obici e realizado com diversos parceiros e convidados, parte do princípio da glitch arte, simulando e explorando esteticamente falhas de processamento de imagem e de som pelo computador, construindo um contraponto com a estética da alta definição audiovisual.

Em Concerto para lan house # 01, Giuliano Obici apresenta uma instalação para computadores em rede, que criam uma “dança sensorial” a partir da luz e do som que produzem.  Em Metaremix, o Duo N-1 (Alexandre Fenerich & Giuliano Obici) faz uma mixagem, ao vivo, sons e imagens diversos. Conexões dispersas, dispersões conexas é um trabalho coletivo com imagens, objetos e sons apresentados como carimbos que remetem à ideia de vestígio. Por fim, a performance Comprimido explora variações de imagens e de sons de baixa qualidade capturados com celular, em contraposição aos padrões de alta definição.

Giuliano Obici é artista experimental com ênfase em arte sonora. Graduado em psicologia pela Universidade Estadual de Maringá, mestre em comunicação e semiótica pela PUC-SP e doutorando pela ECA-USP, ministra cursos livres em arte digital abordando temas como interação em tempo real em música e instalações utilizando software e hardware livre. Forma o duo N-1 com o músico Alexandre Fenerich.

Por Redação