“Mostra 3M de Arte Digital” discute produção artística contemporânea

Com o intuito de discutir a produção artística contemporânea que utiliza cada vez mais ferramentas digitais em sua produção, a “2ª Mostra 3M de Arte Digital” apresenta trabalhos de artistas de diversas partes do mundo. O público entra em contato com uma arte digital mais conceitual e interativa, convergente em diferentes mídias – vídeo, computador, celular, cinema – todas aliadas às mais avançadas plataformas tecnológicas.

Em exposição no Memorial da América Latina até dia 2 de outubro, a mostra traz  10 artistas que atuam no universo digital e, sobretudo, privilegiam a interação em suas obras para comporem a mostra. Os trabalhos são, em sua maioria, propostas artísticas interativas, nas quais o visitante é peça fundamental para completar as criações.

O que tem de bom: 

1- “Look of Love”, da norte-americana Jaqueline Steck. Ao olhar através de um furo numa grande barra de ouro, o visitante enxerga uma nota de dinheiro. A cada piscada, muda-se a moeda/nota exibida e uma nova versão da música “The Look of Love” é tocada.

2- Os franceses do 2 Roqs apresentam “Aquatypes”, uma obra interativa onde palavras enviadas pelo público através de mensagens SMS formam peixes de tipografia. O visitante também poderá tocar numa tela onde esses “peixes” são projetados, para agitá-los.

3- Instalação “Delicate Bounderies”. A norte-americana Chris Sugrue discute a ideia de que o mundo dentro de dispositivos digitais possa se mover em direção ao mundo físico. Pequenas bolhas feitas de luz rastejam para fora da tela de um computador direto para o corpo humano, surpreendendo o público, na tentativa de abandonar uma existência virtual.

4- O norte-americano Jonathan Harris traz ao público brasileiro a obra “We Feel Fine”, um almanaque da emoção humana. A partir de um banco de dados com mais de 12 milhões de frases individuais recolhidas ao longo de três anos em blogs pessoais na internet, a obra apresenta um retrato abrangente e contemporâneo da paisagem emocional do mundo, explorando os altos e baixos da vida cotidiana.

5- O mineiro André Wakko trabalha a relação entre som, arte generativa e performance. Atuando como DJ consagrado em Berlin, onde vive, Wakko traz para a mostra a instalação “Unterwasser/Magnet Oil”, que usa ímãs e ferro fluido para gerar som.

6- Paulo Barcelos compõe a exposição através da obra “Colors Movement”, uma experiência interativa que funciona como uma espécie de espelho mágico, ao revelar através das cores, o espectro total dos movimentos de quem passa ou se posiciona em frente à obra. O artista participou recentemente de uma residência artística no projeto Fabrica, da Benetton, em Treviso/Itália, onde criou trabalhos como este, que estimulam interações entre o público e câmeras.

7- Márcio Ambrósio traz mais uma de suas mesas interativas. A obra deste ano será uma evolução do que já foi exibido em 2010, dando mais recursos ao visitante que irá explorar o universo audiovisual em um volume tridimensional, ao adicionar uma camada digital a uma escultura física. Uma experiência completamente inédita no Brasil.