Mostra Personagem Cinematográfica

Ao comemorarmos o aniversário da cidade de São Paulo trazemos neste ciclo filmes que têm como ingrediente comum a metrópole como pano de fundo e substrato fundamental da narrativa. Os filmes serão exibidos em suporte DVD, exceto Urbânia, Onde São Paulo acaba e Um homem de Moral, que serão exibidos em suporte 35mm.

Clique na data para ver a programação completa:

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Às 16h:

Exemplo Regenerado

(São Paulo, 1919, P&B, 7min). Direção: José Medin.

Marido farrista deixa a esposa em casa no dia do aniversário de casamento. Comovido com a situação, empregado arquiteta um plano para ajudá-la a reconquistar o marido. Filmagens na Av. Paulista, em frente ao Parque Trianon.

Fragmentos da vida

(São Paulo, 1929, P&B, 37min). Direção: José Medina.

Um trabalhador cai de um andaime e, a beira da morte, pede para filho trilhar o caminho da “honestidade, do trabalho e da honradez”. O filho, porém, prefere tornar-se um vagabundo e faz de tudo para ser preso a fim de sobreviver.

Dov’e Meneghetti

(São Paulo, 1989, cor, 12min). Direção: Beto Brant.

Um retrato da fuga do mais famoso personagem da crônica policial paulistana na década de 1920, Gino Amleto Meneghetti. O ladrão anarquista se notabilizou pela agilidade com que saltava nos telhados durantes as fugas e pela irreverência com que tratava a polícia.

São Paulo de Juó Bananére

(São Paulo, 1998, cor, 30min). Direção: João Cláudio de Sena.

A partir do olhar do poeta e jornalista Juó Bananére, o vídeo discute o caótico processo de formação da cidade de São Paulo nas primeira décadas do século 20. Num dialeto, misto de italiano, português e linguajar caipira, Juó foi um crítico às transformações que ocorreram na megalópole.

Às 18h:

Boca Aberta

(São Paulo, 1984, cor, 20min). Direção: Rubens Xavier.

Documentário realizado em 1984 sobre alguns dos protagonistas da cinematografia ligada à Boca do Lixo, como Ody Fraga, diretor de diversos longas, muitos deles sobre a temática do sexo explícito, Ozualdo Candeias, com uma filmografia mais autoral, e Tony Vieira, que dirigiu mais de 30 filmes. A rotina dos atores e produtores ligados a este polo cinematográfico de apelo mais popular, responsáveis pela produção das comédias eróticas nas décadas de 1960 e 1970.

O galante rei da boca

(São Paulo/Rio de Janeiro, 2003, cor, 51min). Direção: Alessandro Gamo e Luís Rocha Melo.

Chamado de o “Rei da Boca”, ou o “produtor biônico”, A. P. Galante produziu de filmes de cangaço a comédias eróticas, dramas psicológicos e filmes policiais, passando por bang-bang e Kung-fu, num total de mais 50 obras. O filme traz depoimento do próprio Galante, trechos de filmes e entrevistas com nomes como Carlos Reichenbach, Jairo Ferreira, Rogério Sganzerla, Inácio Araújo, Severino Dada, Miro Reis, Sylvio Renoldi, Antonio Meliande, Cláudio Portioli, Sebastião de Souza e João Silvério Trevisan.

Às 20h:

São Paulo S/A

(São Paulo, 1965, P&B, 111min). Direção: Luís Sergio Person – elenco: Walmor Chagas, Otelo Zeloni, Eva Wilma, Ana Esmeralda.

Um operário se torna sócio de uma firma de autopeças e vive angustiado e insatisfeito. Em busca de uma nova forma de vida, abandona a mulher, o filho e o emprego, percebendo que não há saídas na sociedade atual.

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Às 16h:

Candeias da boca para fora

(São Paulo, 2002, cor, 17min). Direção: Celso Gonçalves.

Retrato de um dos mestres do Cinema Marginal, cuja importância é destacada por depoimentos de diretores e críticos, como Carlos Reichenbach, Jairo Ferreira, Zé do Caixão, entre outros. Documentário sobre a obra e o estilo de um dos cineastas mais inventivos do Brasil: Ozualdo Candeias.

Roberto

(São Paulo, 1994, cor, 17min). Direção: Amílcar Monteiro Claro

Um olhar sobre a vida e obra de Roberto Santos, autor de filmes como O Grande Momento e A Hora e Vez de Augusto Matraga e cuja trajetória de realizador se misturou e se confundiu com a própria história do moderno cinema paulista.

O universo de Mojica Marins

(Rio de Janeiro, 1978, cor, 26min). Direção: Ivan Cardoso.

A vida e a obra do ator, diretor e produtor paulista José Mojica Marins, penetrando em seu estúdio e mostrando seu mundo.

Soberano

(São Paulo, 2009, cor, 15min). Direção: Kiko Mollica e Ana Paula Orlandi.

Reminiscências resgatam a trajetória do bar Soberano, símbolo da intensa e espontânea produção cinematográfica da Boca do Lixo.

Às 18h:

BMW Vermelho

(São Paulo, 2001, cor, 22min). Direção: Reinaldo Pinheiro e Edu Ramos.

Um operário desempregado, morador de uma favela em São Paulo, ganha um carro importado num concurso: um BMW vermelho, zero quilometro. Sua vida, que já era difícil, fica ainda mais complicada.

Em nome do pai

(São Paulo, 2002, cor, 17min). Direção: Júlio Pessoa.

Em subúrbio paulistano, uma história de amor banal. Uma família comum: pai, mãe, dois filhos, e um cachorro. E o oculto, o perverso e a violência dos desejos.

Demônios

(São Paulo, 2004, cor, 24min). Direção: Christian Saghaard.

Luz, som e sangue; um pesadelo alucinante com personagens do universo underground do centro de São Paulo.

Divina providência

(São Paulo, 1983, cor, 9min). Direção: Sérgio Bianchi.

Atribulações na vida de um mendigo ferido, às voltas com funcionários públicos, documentos e prontuários da previdência social.

Às 20h:

Bebel, A garota propaganda

(São Paulo, 1967, P&B, 103min). Direção: Maurice Capovilla – elenco: Rossana Ghessa, Paulo José, Geraldo Del Rey, John Herbert.

Saída da periferia de São Paulo, uma garota busca a fama na publicidade e na TV a partir de ligações amorosas com um jornalista, um ricaço, um produtor de TV e um publicitário.

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Às 16h:

Adoniran – O poeta de São Paulo

(São Paulo, 2000, cor, 50min). Direção: Dimas de Oliveira Jr. e Luís Felipe Harazim.

O documentário traz trechos de filmes e sambas do artista, intercalados a depoimentos de Maria Helena Rubinato, filha de João Rubinato (verdadeiro nome de Adoniram), do musico Serginho, integrante do grupo Demônios da Garoa, e de produtores, cantores, professores e outros. Mostra, ainda, o filho de imigrantes italianos, que se tornou símbolo do típico paulistano por tirar de seu dia-a-dia suas músicas, além de sua paixão pela terra da garoa.

Geraldo Filme

(São Paulo, 1998, cor, 52min). Direção: Carlos Cortez.

Um mergulho no universo do samba e na cultura negra paulista a partir da obra do compositor Geraldo Filme.

Às 18h15:

Sonoroscopio Polifonia da imigração

(São Paulo, 2004, cor, 55min). Direção: Rachel Monteiro e Kiko Goifman.

Documentário falado em diversas línguas, com o músico Livio Tragtenberg criando laboratório sonoro a partir do cotidiano dos sons da imigração em São Paulo.

Itamar Assumpção, temos dito!

(São Paulo, 2006, cor, 28min). Produção: TV UNICSUL

O filme traz um perfil do grande compositor paulista Itamar Assumpção, com depoimentos e colagens de matérias de época.

Às 20h:

Jardim Ângela

(São Paulo, 2006, cor, 72min). Direção: Evaldo Mocarzel.

Radiografia humanizada das esperanças e das expectativas de vida de jovens que moram num dos bairros de maior violência da grande São Paulo: Jardim Ângela.

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Às 16h:

Os fiéis

(São Paulo, 2003, cor, 16min). Direção: Danilo Solferini.

Três amigos contam as aventuras vividas durante uma famosa partida de futebol, falam de lembranças, da euforia e da sensação de viverem momento histórico.

Produto descartável

(São Paulo, 2003, cor, 16min). Direção: Flavia Rea e Rafael Primo.

Dois vizinhos que se desejam lutam contra os estereótipos que criaram para si mesmos. Uma divertida comédia urbana, repleta de clichês nos quais todos se posicionam como verdadeiros produtos descartáveis.

Gasolina comum

(São Paulo, 2004, cor, 13min). Direção: Marcelo Tintin-Trotta.

Um casal luta para sobreviver em São Paulo. Quando ele perde o emprego, são forçados a se mudar para uma casa menor. Entre os objetos de Carlo estão as chaves-reserva de todos os carros que já tiveram. Sem dinheiro, os dois inventam um novo tipo de lazer: invadir seus antigos carros.

Criaturas que nasciam em segredo

(São Paulo, 1995, cor, 21min). Direção: Chico Teixeira.

A vida de cinco anões que moram na cidade de São Paulo sob a ótica do universo dos bufões, pessoas marcadas pelo estigma de garantir a diversão de outras.

Às 18h:

Dalva

(São Paulo, 2004, cor, 10min). Direção: Caroline Leone.

Visão poética do cotidiano de uma mãe solteira vivendo na cidade de São Paulo. O sonho contado pela filha transforma seu dia em objeto de reflexão sobre as possibildades individuais da felicidade.

O trabalho dos homens

(São Paulo, 1998, cor, 10min). Direção: Fernando Bonassi.

Mais uma ocorrência na cidade de São Paulo: um homem mantém uma mulher sob a mira de um revólver. A polícia chega, monta o cerco e tenta contato com o sequestrador. Atiradores de elite se instalam no alto de um prédio e, enquanto aguardam ordens pelo rádio, conversam.

Pixador

(São Paulo, 2000, cor, 23min). Direção: Guiomar Ramos.

O documentário se passa em São Paulo, onde a “tribo dos pixadores”, está ocupada trabalhando a paisagem urbana com suas letras angulosas e seus símbolos e códigos compreensíveis somente para iniciados. O filme acompanha um jovem pixador em suas incursões noturnas.

Na garupa de Deus

(São Paulo, 2002, cor, 26min). Direção: Rogério Corrêa.

O documentário é uma reflexão sobre a vida na grande São Paulo a partir do perfil das pessoas que tiram da motocicleta suas sobrevivências: os motoboys. O filme revela o universo dessa categoria profissional.

Às 20h:

O prisioneiro da grade de ferro

(São Paulo, 2003, cor, 123min). Direção: Paulo Sacramento.

Um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, ocorrida em setembro de 2002, detentos aprendem a utilizar câmeras de vídeo e documentam seu cotidiano naquele foi o maior presídio da América Latina.

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Às 16h:

Teatro Municipal de São Paulo

(São Paulo, 1997, cor, 60min). Direção: Andrea Tonacci.

Um olhar sobre o Teatro Municipal de São Paulo realizado pelo Ministério da Cultura.

Pinacoteca de São Paulo

(São Paulo, 2004, cor, 4min). Direção: Wilson Roberto Mariana.

As transformações do espaço da Pinacoteca do Estado de São Paulo, vistas sob a ótica da reconquista do lugar urbano a partir do projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha.

Às 18h:

Uma outra cidade

(São Paulo, 2001, cor, 58min). Direção: Ugo Giorgetti.

São Paulo revisitada por Antonio Fernando Franceschi, Rodrigo de Haro, Cláudio Willer, Roberto Piva, Jorge Mautner. Lugares e personagens da cidade de São Paulo são recuperados e revividos pelo viés da cultura por seus poetas “malditos”.

The MASP Movie – O filme do MASP

(São Paulo, 1986, cor, 9min). Direção: Salvador Messina, Sylvio Pinheiro e Hamilton Zini Jr.

O dia em que o MASP (Museu de Arte de São Paulo), enfurecido com um grupo de turistas, criou vida e saiu para um catastrófico passeio pela cidade de São Paulo.

Às 20h:

URBÂNIA

(São Paulo, 2001, cor, 70min). Direção: Flávio Frederico.

Um docudrama revelador da decadência urbanística de São Paulo. Um carro, dois homens, várias memórias – uma megalópole e seus habitantes.

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Às 16h:

Onde São Paulo acaba

(São Paulo, 1995, 12 minutos, cor, 35mm). Direção: Andréa Seligman.

Rap, violência, drogas. Um dia na periferia Sul de São Paulo.

Jardim Ângela

(São Paulo, 2006, cor, 72min). Direção: Evaldo Mocarzel.

Radiografia humanizada das esperanças e das expectativas de vida de jovens que moram num dos bairros de maior violência da grande São Paulo: Jardim Ângela.

Às 18h:

Bebel, A garota propaganda

(São Paulo, 1967, P&B, 103min). Direção: Maurice Capovilla – elenco: Rossana Ghessa, Paulo José, Geraldo Del Rey, John Herbert.

Saída da periferia de São Paulo, uma garota busca a fama na publicidade e na TV a partir de ligações amorosas com um jornalista, um ricaço, um produtor de TV e um publicitário.

Às 20h:

Pânico em SP

(São Paulo, 1982, cor, 10min). Direção: Cláudio Morelli.

Os punks de São Paulo vistos em seus redutos e nas ruas da cidade. Depoimentos em off sobre seu modo de vida, sua visão da sociedade, seus conflitos com a polícia e imagens de um show punk, com jovens dançando.