Festival de Cinema Independente dedicado a Carlos Reichenbach
Edição é dedicada ao cineasta Carlos Reichenbach, falecido em 14 de junho
Novos nomes da produção audiovisual brasileira ganham espaço e visibilidade em mais uma edição do festival Cine MuBE Vitrine Independente, que acontece nos dias 28, 29 e 30 de junho, no Museu da Escultura Brasileira (MuBE).
Com curadoria e programação assinada pelo crítico de cinema Christian Petermann, o festival exibe curtas e longas metragens de autores das mais variadas partes do país. Cerca de 230 títulos foram inscritos para esta edição que premiará 11 categorias. Pela primeira vez, há entre os selecionados representantes dos estados de Roraima, Paraíba, Sergipe, Bahia, Espírito Santo e Paraná.
Entre as sessões de destaque fora do circuito competitivo estão a pré-estreia de “Truks”, do cineasta João Inácio, que conta trajetória de um dos mais conhecidos grupos de teatro de bonecos do país, e a exibição de “Bruta Aventura em Versos”, de Letícia Simões, sobre vida e obra da poetisa Ana Cristina César. Ambos os diretores participam das sessões.
O cineasta Carlos Reichenbach, falecido no dia 14 de junho, recebe homenagem nesta sétima edição do evento, com a exibição de seu curta“Esta Rua tão Augusta” (1967), logo na abertura. O diretor Daniel Chaia, que foi assistente do mestre do Cinema Marginal, apresenta também ao público o curta inédito “Começar uma História”, com o qual Reichenbach colaborou, provavelmente sua última realização prática em cinema.
O Catraca Livre destaca abaixo duas produções presentes na programação com entrada Catraca Livre.
Bruta Aventura em Versos
Direção: Letícia Simões
O filme aborda a obra da escritora Ana Cristina Cesar, ícone da poesia marginal dos anos 1970 no Rio. Falecida em 1983, aos 31 anos, a escritora deixou inúmeros adeptos e leitores. Mostrando imagens históricas da autora, a narrativa apresenta a beleza e originalidade de sua obra por meio do olhar de atores, dançarinos, poetas e amigos.
Esta Rua Tão Augusta
Direção: Carlos Reichenbach
O filme registra, de forma irônica, o cotidiano de uma das mais conhecidas da cidade de São Paulo. Em dastaque, o pintor naif Waldomiro de Deus, com obra e comportamento irreverente, que choca o universo burguês dos freqüentadores do local.
Por Redação