“Mulheres Vermelhas” ocupam Teatro 184, na Praça Roosevelt

Peça aborda luta de mulheres contra regimes ditatoriais no Brasil

divulgação
Mulheres subversivas em cena

Mulher e subversiva. Uma combinação especialmente perigosa nos tempos de ditadura militar. Ao machismo arraigado da sociedade brasileira, soma-se o perigo de pensar diferente aos donos do poder. Às dificuldades cotidianas das mulheres, novos dramas surgem, pela simples vontade de fazer do Brasil um país mais justo e igualitário. A essas guerreiras, nosso eterno respeito.

Abordando esta temática, “Mulheres Vermelhas” estreia nesta quinta-feira, 12 de julho, no Teatro Studio 184, às 21h, e fica em cartaz até o dia 15. A peça conta com a direção de Gilson Filho, diretor da “Cia. Nuvem da Noite”, de Ribeirão Preto, e tem a dramaturgia baseada nos livros  “Mulheres que foram à luta armada”, de Luís Maklouf de Carvalho; “Luta, substantivo feminino”, de Tatiana Merlino; “A resistência da mulher à ditadura militar no Brasil”, de Ana Maria Collins, “Sombras da repressão, o outono de madre Maurina Borges”, de Matilde Leone , “Olga”, de Fernando Moraes” e “Antígona”, de Sófocles.

Fazendo referência ao drama de Antígona, de Sófocles – no qual a família encara a desonra de não poder enterrar um de seus entes queridos -, atrama tem inicio na Alemanha, em 1928, passa pelo Golpe de Estado de 1964 e chega ao ano de 1979, quando foi instituída a Anistia no país.

“Mulheres Vermelhas”, realizado pelo Instituto Ribeirão em Cena, traz 25 atores, músicos e dançarinos que atuam por setenta minutos, trazendo à tona e levando ao público histórias de vida das revolucionárias Olga Benário Prestes, Lilian Celiberti, Lídia Guerlenda, Maria do Socorro Diógenes, Damaris Lucena, Rose Nogueira, Dulce Maia, Dinalva Oliveira Teixeira, Renata Guerra de Andrade, Vera Silvia Magalhães, Maria Auxiliadora Lara Barcelos, Anadyr Nacinovic, Gilse Cocenza, Cecília Coimbra,Yara Spadini, Sonia Lafoz, Lucia Murat , Zuzu Angel, Áurea Moretti, Maria Aparecida dos Santos e Madre Maurina Borges, entre outras.

Textos de Walter Benjamin e Bertolt Brecht, bem como técnicas de preparação corporal de Etienne Dacroux e Rudolf Von Laban foram utilizados na criação cênica do espetáculo, que tem entrada de até R$ 10.

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