O cinema de Helmut Käutner: Céu sem estrelas
A Alemanha do pós-guerra: um país dividido. Uma estação ferroviária abandonada, uma terra de ninguém entre o Leste e o Oeste (o muro ainda não havia sido construído). Ela serve como ponto de encontro para duas pessoas: o funcionário de fronteira da Alemanha Ocidental, Carl e a operária da Alemanha Oriental, Ana.
Os dois conheceram-se, apaixonaram-se e agora preparam um futuro para ambos e para o pequeno filho de Ana do lado ocidental. Helmut Käutner foi um dos primeiros a falar de um drama alemão-alemão: a impossibilidade de um amor para além das fronteiras na época da Guerra Fria. Seu filme tornou-se uma acusação impressionante contra essa fronteira que foi traçada pelo meio da Alemanha.
Sobre o cineasta
Cineasta, ator, e roteirista, Helmut Käutner (1908-1980) foi um dos mais aclamados diretores alemães de sua geração. Tendo estudado Arquitetura, Filosofia, Teatro, História da Arte e Design, começou primeiramente a trabalhar no teatro como ator e diretor e iniciou sua carreira no cinema como roteirista.
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Fez 36 filmes para o cinema. A mostra, uma parceria entre o CCBB e o Goethe-Institut São Paulo, exibe um terço da obra completa do diretor e preenche uma lacuna ao exibir um cineasta muito pouco visto no Brasil. A programação inclui seus filmes mais relevantes, incluindo suas três reconhecidas obras-primas “Romance em Bemol” (1943), “Grande liberdade nº7” (1944) e “Debaixo das Pontes” (1945).