O Espírito de Will Eisner no CCSP
Conhecido pela série "Spirit", ilustrador ganhou mostra no Rio e, agora, em São Paulo
Quem é apaixonado por quadrinhos sabe: “o espírito” de Will Eisner é eterno. Mais do que ilustrador, Eisner desenhava cada letra de suas histórias, dando destaque para a trama e caligrafia e humanizando suas obras.
Depois de passar pelo Rio Comicon e em cartaz no Centro Cultural São Paulo (CCSP),“O Espírito Vivo de Will Eisner” vai de 15 de novembro a 12 de dezembro, de terça a sexta, das 10h às 20h e sábados e domingos, das 10h às 18h. A entrada é Catraca Livre.
Na mostra, 106 trabalhos do quadrinista norte-americano estão expostas. Além disso, uma sala totalmente dedicada à obra “The Spirit”, com cenário desenhado a mão pela curadora Marisa Furtado e alunos de quadrinhos e uma estátua de bronze do personagem exclusiva para a exposição.
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Sobre Will Eisner
Filho de imigrantes judeus, Will Eisner nasceu e foi criado no Bronx, em Nova York. Começou a trabalhar na revista “Wow Wow What a Magazine!”, dirigida por Samuel Iger, em 1936.
Foi nela que iniciou sua carreira de ilustrador, com a série do pirata Captain Scott Dalton, entre outras, como “The Flame”, série que assinou com o pseudônimo Erwin, e a história de espionagem de Harry Karry. Com o fim da revista no ano seguinte, Eisner fundou o “Eisner-Iger Studio” com o diretor e foi onde trabalhou com Bob Kane e Jack Kirby em outras histórias.
No final da década de 1930, Eisner e Iger dividiram sua sociedade, e o ilustrador passou a criar quadrinhos para a Quality Comics Group. A partir daí, criou “Doll Man” e os personagens da série “Falcão Negro” ambientada na segunda guerra. Com o formato de 16 páginas, suas histórias passaram a integrar o jornal de domingo.
Sua primeira aparição nos tablóides ocorreu em 2 de junho de 1940, “Lady Luck”, “Mr. Mystic” e a consagrada “The Spirit”. Conhecida pelo detetive mascarado Denny Colt, a série se destacou pela inovação nos enquadramentos, nos efeitos de luz e sombra e por suas inusitadas técnicas narrativas. O sucesso foi tanto, que em 1941, as tiras de Eisner passaram a ser publicadas diariamente.
Além de sua carreira como quadrinista, o artista também lecionou na Escola de Artes Visutais de Nova York e escrevou obras para criação de quadrinhos.
Criado em 1988, o Prêmio Will Eisner é um tribuito a Eisner, premiação específica por “conjunto da obra” nas histórias em quadrinhos. O quadrinista morreu em janeiro de 2005, na Flórida, por conta de complicações cardíacas decorrentes de uma cirurgia.