Oficina de contação de histórias, criação de adereços cênicos e instrumentos musicais

Por: Redação
O Grupo Parampará de contação de histórias, reconhecido pelo “Prêmio Interações Estéticas: Residências Artísticas em Pontos de Cultura da Funarte”, promove de 16 de fevereiro a 18 de maio, das 9h às 13h o curso livre “Da Lata Para a Fala: A Arte de Transformar o Lixo e Reinventar História”. O curso rápido resgata a narração de histórias, além de fazer com que a atriz, contadora de histórias, diretora e figurinista Ana Luísa Lacombe e o músico Fernando Sardo multipliquem conhecimentos e transformem lixo reciclável em adereços cênicos e instrumentos musicais, usados como peça chave de uma boa “contação”.
divulgação
Apresentação do grupo no parque do Ibirapuera

Inscrições até 09 de fevereiro pelo e-mail: grupoparampará@gmail.com

Os participantes concluem as aulas em um sarau aberto no ponto de cultura apoiado pelo Ministério da Cultura (Minc) Teatro Commune, que abriga a iniciativa, de graça e aberta a atores, professores, pais, mães, profissionais das áreas musical e de figurino. A duração é de três meses e a freqüência, duas vezes por semana. Esse teatro é um dos pontos de cultura viabilizados pelo Programa Cultura Viva do Minc, que apóia e impulsiona ações culturais já existentes em mais de 650 pontos espalhados em comunidades de todo o País.

As aulas valorizam a literatura, o encontro entre amigos, o compartilhar experiências e tradições da cultura popular, dão importância à natureza e como tirar proveito da criatividade com lixo reciclável, preservando o meio ambiente. Como “dar vida” à história em voz alta, destacar os momentos mais especiais de um texto, fazer com que o visual desperte a imaginação do ouvinte e o som leve o público a entrar nas emoções sugeridas pela narrativa são algumas das dicas que as facilitadoras apresentarão.

As atrizes usam o tema da reciclagem como resgate e valorização de tudo o que é jogado fora e acreditam que isso também acontece com as histórias e tradições que passam de pai pra filho, os brinquedos e as brincadeiras, e até mesmo os seres humanos. “Será provocada uma reflexão sobre o consumo excessivo e produção exagerada de lixo, que levam ao esquecimento das origens e importância de cada um como sujeitos cheios de histórias pra contar, modificadores e transformadores da realidade”, destacam Denise Cruz e Marcela Puppio, atrizes do Grupo.

Não por acaso, o símbolo do projeto é uma árvore, que remete à genealogia familiar, às  tradições que passam de geração em geração, ao plantio e construção de raízes e histórias mais perenes, além do cuidado com o meio ambiente.

O Grupo

O Grupo Parampará surgiu em 2005 de um interesse comum das atrizes e “fiandeiras da memória” Carla Kinzo, Daniela Caielli, Denise Cruz e Marcela Puppio em pesquisar o universo da oralidade, da narração de histórias e da contação. O trabalho colaborativo das artistas se centraliza na vivência do tempo da narrativa e o contato contador-ouvinte é valorizado em todas as pesquisas.

Como fonte de histórias, o grupo usa obras da literatura brasileira e latino-americana, além de contos que vem da tradição oral. Elas já se apresentaram em Bibliotecas Públicas Municipais , com apoio da Secretaria da Cultura de São Paulo, além de saraus, livrarias e escolas. Um dos destaques na experiência conjunta de quatro anos, é a o resgate à obra e estilo de Guimarães Rosa, na Rato de Livraria, localizada no bairro do Paraíso, voltado para adultos e o incentivo à leitura e partilhamento de histórias para crianças, em colégios do município.

Por Redação