Os tons de Karina Buhr
A cantora, compositora, percussionista e atriz brasileira mostra também as suas tintas
Qual é a distância que separa a música da pintura? Para Karina Buhr, nenhuma: “pintar é compor também, só que não com som, mas com imagem”.
No cotidiano e nos versos da pernambucana, vida e obra são inseparáveis. Se ela não estiver inteiramente presente em seu trabalho, lhe falta a si mesma: “Se tiver menos de 100% é porque tá faltando um ‘percentualzinho’ em mim também”, simplifica.
Quando terminou “Longe de Onde” a gente sabia que podia esperar tudo da artista. Depois de musicar até poesia concreta – “Cada palavra cala/ E ganha um signovosignificado para mim/ Desperta dor/ Apaga dor” – e registrá-la em plena feira livre de Casablanca, no Marrocos, não duvidamos de mais nada.
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Acontece que quem esperava surpreender-se com sua música, se enganou. Dessa vez, Karina mostra suas tintas e traços que irão compor a exposição “Vampira del Sol” no próximo sábado, dia 12.
Além dos trabalhos originais expostos, estarão à venda posters, camisetas, porcelanas e fotos das ilustrações. Tudo isso na galeria Vértices Casa, espaço da cenógrafa Mônica Rodrigues Fernandes e do artista plástico Mozart Fernandes, na Vila Madalena. A música fica por conta de Bárbara Eugênia e Naná Rizinni.
Pintar, compor ou cantar. Tudo aqui significa a mesma coisa: traduzir. Se pudéssemos enxergar a música de Karina, com certeza seria parecida com sua pintura e, principalmente, com ela mesma.