Dupla Padê, Juçara Marçal e Kiko Dinucci, no Prata da Casa
Terça, dia 11 de maio, o projeto Prata da Casa, no Sesc Pompeia traz Padê. A palavra vem do iorubá, língua falada pelo povo africano do Sudoeste da Nigéria e trazida ao Brasil Colonial – especialmente para a Bahia – nos amargos tempos da escravidão. Significa “encontro”, “encontrar”. Foi escolhida para batizar a dupla formada pela cantora Juçara Marçal e o compositor Kiko Dinucci justamente por isso: representa a confluência musical entre a voz dela, que também faz parte dos grupos A Barca e Vésper Vocal, e as canções dele, que integra ainda o Bando Afromacarrônico e Duo Moviola.
Um encontro de ritmos brasileiros de matrizes africanas, como o jongo, o samba, a congada, o carimbó, o batuque paulista de umbigada e, sobretudo, os elementos da música afro-religiosa. Segundo os dois explicam, no candomblé, Padê costuma ser também a cerimônia dedicada ao Orixá Exu, em que ele é homenageado com cantigas. É com esse universo que dialogam as canções da dupla, feitas especialmente para o projeto e já registradas em CD.