“Paralela 10” reúne obras de 82 artistas
De 22 de setembro a 28 de novembro fica em cartaz no Liceu de Artes e Ofícios a exposição “Paralela 10” que reúne obras de 82 artistas. A entrada é Catraca Livre.
São quase todas obras fortes alinhavadas num circuito pelo curador Paulo Reis, mas é inevitável uma sensação de déjà-vu.
Bancada por galerias paulistanas, que reformaram há dois anos o Liceu de Artes e Ofícios, onde acontece a mostra, a Paralela impõe ao curador escolher artistas de todas as casas envolvidas.
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Por mais amplo que seja o projeto, a mostra acaba repetindo e misturando obras que pouco conversam, num diálogo muitas vezes truncado.
Está contraposta a nova pintura, de artistas como Tiago Tebet, Mariana Palma, Rafael Carneiro e Rodolpho Parigi, à secura dos cerebrais Felipe Cohen, Iran do Espírito Santo e João Loureiro. Num dos galpões, instalações de Sandra Cinto, Laura Vinci e Thiago Rocha Pitta desencadeiam um pensamento sobre a paisagem. São obras que refutam ou fabricam atmosferas paralelas com ondas, vapores e horizontes movediços de sal.
Esse discurso sustentaria toda a mostra, mas logo se embaralha noutros pontos, como a coerção dos ambientes urbanos, a violência das metrópoles e a fatura da cor.
André Komatsu, com uma pilha de tijolos, Lucas Bambozzi e seu puxadinho, Cao Guimarães com um vídeo do casamento de uma operária parecem entrar nesse segundo discurso, mas a leitura sofre quando entre eles existe uma avalanche de coisas.