“Ingressos Esgotados” traz releituras de bandas brasileiras

“Ingressos Esgotados” apresenta repertório dos grandes shows de 2010

O ano de 2010 foi marcado por megashows. Entre eles, Paul MacCarthey e Beyoncé arrastaram verdadeiras multidões para os estádios onde se apresentaram. Já os dois mil ingressos para o show de Lou Reed, no Sesc Pinheiros, esgotaram em apenas duas horas. Mesmo assim, muita gente ficou de fora.

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Juliana R.

Para aqueles que não conseguiram comprar um lugar entre esses milhares de privilegiados, a série Ingressos Esgotados, que o Sesc Consolação realiza de 18 e 20 de janeiro, traz uma homenagem a estes artistas e uma chance para o público curtir os repertórios desses shows (e também do que ficou de fora e todo mundo queria ouvir), em releituras de bandas brasileiras.

Confira a programação:

Thiago Pethit toca Lou Reed

Dia 18 de janeiro, terça, às 21h.

Lou Reed apresentou seu Metal Machine Trio na Mostra SESC de Artes de 2010. Os dois mil ingressos para as duas apresentações, dias 20 e 21 de novembro, no Sesc Pinheiros, foram colocados à venda no dia 4 de novembro e esgotaram em duas horas.

“Narciso acha feio o que não é espelho” diz ‘Sampa’ de Caetano Veloso. E o inverso também é verdadeiro. Nos atraímos e identificamos com aquilo que de certa forma, nos diz respeito e nos faz semelhantes. Lou Reed foi uma descoberta ainda adolescente. Mal sabendo que seu som lidava com a atmosfera urbana e cosmopolita, com artistas e marginais, travestis, com a música/conceito e com a música Glam, fiquei fascinado a primeira escuta de seus “Tchu Tchuru Tchuru Tchu Tchurutchu…” em “Take A Walk on The Wild Side”. Passados alguns anos, reconheço a busca que fiz por uma sonoridade também urbana e confessional, tratando abertamente a vida pessoal, sem pudores sentimentais ou sexuais. Uma música sem “prateleira” num mercado cheio de rótulos, selos e produtos.” Thiago Pethit

Com: Thiago Pethit – Voz; Pedro Penna – Violão, Ukelele e banjo; Camila Lordy – Piano e Acordeon; Guga Machado – Percussão e bateria; Ana Elisa Colomar – Cello.

Repertório: Walk on the Wild Side (Lou Reed), Pale Blue Eyes (Lou Reed / Velvet Underground), Perfect Day (Lou Reed), Candy Says (Lou Reed / Velvet Underground) , Mapa-Múndi ( Thiago Pethit), Satelite of Love (Lou Reed), I´m Waiting For The Man (Lou Reed / Velvet Underground), Sweet Funny Melody (Thiago Pethit), White Light / White Heat (Lou Reed), White Hat (Thiago Pethit), BIS: Sweet Jane (Lou Reed / Velvet Underground).

Moxine toca Beyoncé

Dia 19 de janeiro, quarta, às 21h.

Beyoncé se apresentou no Estádio do Morumbi no dia 6 de fevereiro. As vendas começaram ainda em dezembro de 2009, apesar dos ingressos para o Rio se esgotarem muito rapidamente, em São Paulo isso só aconteceu no dia.

“Asiática Tenta Ser Diva – Você também acha que asiático não pode ser diva? Pode ser que você esteja certo…. mas tentar ser, pode! Com direito a ventiladores no palco, dançarinas de maiô, baixista “black power” e canhão seguidor! Sim pode! E respeitando a regra de que todo pop star tem suas megalomanias, essa será a nossa nessa noite, cantar Beyoncé. Ela mexe comigo, com você e com Barack Obama, só ela conseguiu fazer o presidente declarar em dia de eleição que costuma dançar suas coreografias com as filhas, só ela consegue fazer seus cabelos esvoaçarem durante um show inteiro, tudo bem que hoje em dia, ter uma banda só de mulheres é algo muito clichê e até chata, mas a banda dela não é apenas uma banda de mulheres, é uma banda de mulheres com duas bateristas incríveis! E ter duas bateristas incríveis em uma banda, supera qualquer megalomania de um astro do rock, rap e pop, além disso, e sem citar os inúmeros talentos da texana, ela é casada com o Jay-Z! Basta para uma homenagem. Você acha pouco? Eu acho muito!” Mônica Agena.

Com: Mônica Agena ¬- voz e guitarra; Hagape Cakau – baixo; Pedro Rangel –¬ bateria; Renato Galozzi – guitarra.

Repertório: Crazy in Love, Deja Vu, Freakum Dress, Single Ladies, Sweet Dreams, Bootylicious, Video Phone e Naughty girl (todas de Beyoncé) e I wanna talk about you, Good Choice, Special Night, Electric Kiss, She never gets on time, Pretend we’re cool, Babe, babe e Control myself (todas de Moxine)

Juliana R. toca Paul McCartney

Dia 20 de janeiro, quinta, às 21h.

Paul McCartney se apresentou nos dias 21 e 22 de novembro no Estádio do Morumbi. As vendas para o 21 esgotaram em um dia, 18 de outubro, abrindo a apresentação extra no 22, que esgotou antes mesmo do fechamento das bilheterias, no dia 21 de outubro.

“Provável exceção, não cresci ouvindo Beatles. Foi ‘I’m only Sleeping’ que alertou, ainda que tarde, alguma identidade latente, logo comprovada em outros tantos discos e canções da banda, mas como a própria música de 66 sugere: não há pressa. Ironicamente, não foi este exatamente o ritmo da carreira de Paul McCartney, que se mantém ativo há mais de meio século com uma discografia extensa e apresentações lotadas. Seu recente show no Brasil foi uma breve síntese de sua história; três horas não deram conta. Sendo assim, subo ao palco juntamente à minha banda – Dustan Gallas, Demétrius Carvalho e Felipe Maia – e ao convidado Regis Damasceno, para interpretar suas belas canções.” Juliana R.

Com: Juliana R – vocal e guitarra; Regis Damasceno – guitarra; Dustan Gallas -piano/teclado; Felipe Maia – bateria; Demétrius Carvalho – baixo.

Repertório: Maybe I’m Amazed (Paul McCartney), Fool on The Hill (Paul McCartney), Blackbird (Paul McCartney), Pela Metade (Juliana R), Dry These Tears (Juliana R), Fuga (Juliana R), entre outras.