Programa de Restauro da Cinemateca Brasileira – 2007

A Cinemateca apresenta até dia 25 a mostra de cinema resultado do “Programa de Restauro da Cinemateca Brasileira – 2007”. Todos os dias, com entrada a R$ 8.

Confira abaixo a programação completa:

dia 22

18h30

“Capital” (1950)

Fragmento contendo cenas do cotidiano da metrópole – movimento de carros, bondes e transeuntes – e de alguns de seus principais endereços e edifícios. O filme contém imagens raras do Copan em construção.

“O Rei da noite” (1975)

Primeiro longa de ficção assinado pelo diretor, o filme é inspirado na cultura do tango, muito presente nos meios boêmios de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. Jovem começa a namorar uma moça de família ao mesmo tempo em que frequenta a vida noturna da cidade e mantém um ardente romance com uma cantora de cabaré.

20h30

“Esta Rua Tão Augusta” (1968)

Retratos da Rua Augusta em 1967 – o comércio local, os transeuntes, a Galeria Ouro Fino e o movimento de automóveis. Imagens do pintor Waldomiro de Deus expondo seus quadros na calçada; a Jovem Guarda nos tempos do Teatro Record e a juventude ao som do rock.

“Puritano da Rua Augusta” (1966)

Comédia de costumes realizada sob os embalos da Jovem Guarda. Mazzaropi interpreta um velho pai de família que adere a uma liga moralizante contra os novos costumes da juventude seduzida pelo rock n’ roll. Destaque para as participações da banda The Jordans e da cantora Elza Soares.

dia 23

19h

“Migrantes” (1972)

Reportagem sobre a situação miserável dos migrantes nordestinos vistos como marginais por muitos paulistanos. Numa oportunidade especial, o repórter coloca frente a frente um imigrante, que mora com a família sob um viaduto, e um paulistano típico, que o aconselha a voltar para o campo. Prêmio de Melhor filme em 16mm na Jornada Nordestina de Curta-Metragem em 1973.

“Ônibus” (1973)

Reportagem sobre os problemas do transporte urbano em São Paulo. A partir do ponto inicial de uma linha de ônibus, e contando com depoimentos dos próprios usuários, o curta registra a precariedade do sistema de transporte, os atrasos e perigos da superlotação.

“Restos” (1975)

Filme experimental que capta, em imagens aterrorizantes, o cotidiano de um grupo de miseráveis que vive da cata do lixo num aterro sanitário da Rodovia Raposo Tavares. Mulheres, crianças, velhos, desempregados etc, que disputam latas, papéis e restos de comida despejados no local. Censurado pelas autoridades, não pode ser exibido na Jornada Brasileira de Curta-Metragem de 1975.

“Liberdade de Imprensa” (1967)

A situação dos veículos de comunicação no país em meio a disputas ideológicas, pressões econômicas, capital estrangeiro e censura política, entre os anos de 1964 e 1967. Um retrato da época, com imagens de grandes acontecimentos e entrevistas com especialistas e políticos. Segundo palavras do próprio cineasta, Liberdade de imprensa “revelava minha característica básica de filmar, muito valorizada hoje, mais de 30 anos depois: a presença evidente da equipe, da câmera, do diretor, de tal forma que, como diz Jean-Claude Bernardet, o filme capta não o real, enquanto fetiche, mas o resultado dessa presença, dessa intervenção do cineasta diante do real”

20h30

“Evocações de Anchieta” (1956)

Filmado nas praias de Itanhaém e Peruíbe, evoca a figura do Padre Anchieta. Ao lado do colega Manuel da Nóbrega, Anchieta catequizou selvagens, aprendeu o tupi-guarani e participou da construção do marco de nascimento da cidade de São Paulo em 1554 – o Pátio do Colégio.

“O Rei da Boca” (1982)

Épico sobre a trajetória de ascensão e queda de um rei do submundo. O filme inspirou-se na vida de diversos criminosos que atuaram no Quadrilátero do Pecado – a Boca do Lixo – entre eles Hiroito Joanides de Morais e Joaquim Pereira da Costa, o Quinzinho. Roberto Bonfim, em interpretação magistral, faz o papel de um humilde agricultor que abandona o campo para ganhar a vida na capital como traficante e gigolô.

dia 24

16h

“Buraco da Comadre” (1976)

Reportagem sobre o Buraco da comadre – cavidade de 160 metros de extensão e 4 de profundidade – símbolo dos problemas que a cidade enfrentava na época, e ainda hoje enfrenta, com os alagamentos e a falta de rede de esgotos. Um retrato do abandono dos bairros de periferia na cidade.

“Ambulantes”

A dura vida dos ambulantes na cidade de São Paulo – o sub-emprego, a precariedade do trabalho, as dificuldades para regularizar a profissão junto aos órgãos municipais e as constantes investidas do “rapa”.

“Herança” (1976)

A vida miserável de operários de uma olaria no bairro de Guaianases. Marginalizados, muitos são filhos de ex-escravos, e trabalham sem descanso e sem qualquer garantia trabalhista.

“Pau pra Toda Obra” (1967)

A difícil situação dos migrantes que vieram a São Paulo em busca de melhores condições de vida. Grande parte deste contingente ingressa na construção civil em troca de salários irrisórios. Sem dinheiro, muitos vivem nas próprias construções. O filme explicita a face oculta e perversa da modernização da cidade. Vetado pela censura, quase não foi visto pelo público.

“Domingo em Construção” (1977)

Após uma cansativa semana de trabalho, operários organizam-se em mutirões para construir suas casas aos domingos. Eles relatam suas dificuldades em erguer as moradias por falta de dinheiro, condição que os obriga a dividir um pequeno espaço num barraco incompleto e sem luz

“Foi Assim” (1976)

Panorama das eleições municipais de 1976 no Estado de São Paulo. O filme capta momentos antológicos da vida política paulista em tempos de ditadura e conta com discursos e entrevistas de personalidades como Franco Montoro, Jânio Quadros, Ulisses Guimarães e Claudio Lembo.

18h

“Capital”

Fragmento contendo cenas do cotidiano da metrópole – movimento de carros, bondes e transeuntes – e de alguns de seus principais endereços e edifícios. O filme contém imagens raras do Copan em construção.

“O Rei da Noite” (1975)

Primeiro longa de ficção assinado pelo diretor, o filme é inspirado na cultura do tango, muito presente nos meios boêmios de São Paulo nas primeiras décadas do século XX. Jovem começa a namorar uma moça de família ao mesmo tempo em que frequenta a vida noturna da cidade e mantém um ardente romance com uma cantora de cabaré.

20h

“9 de Julho” (1950)

Fragmento contendo imagens das celebrações de um aniversário da Revolução de 32 – cenas de desfiles militares com veteranos de guerra e soldados, combinam-se a imagens de ruas e avenidas do centro. Em meio à multidão, surge Porfírio da Paz, ex-prefeito da cidade e um dos fundadores do São Paulo Futebol Clube.

“O Jogo da Vida” (1977)

Durante uma madrugada, três malandros perambulam pelo centro da cidade à caça de um bom jogo de sinuca. Sua viagem pelos subterrâneos da noite é acompanhada por flash-backs que narram episódios de suas vidas. Baseado num clássico da literatura brasileira, o conto Malagueta, Perus e Bacanaço, de João Antônio, o filme conta com atores de peso e com a colaboração do próprio escritor, também responsável pelo roteiro. Destaque para a participação no elenco do lendário Carne Frita, mestre da sinuca que exibe sua categoria e destreza com o taco numa das sequências do filme.

dia 25

14h

“Casa dos Bandeirantes” (1950)

Aspectos arquitetônicos de uma casa construída durante o movimento das bandeiras nos séculos XVII e XVIII. Em 1953, a Comissão do IV Centenário de São Paulo tornou-se responsável pelo imóvel e promoveu sua restauração. Anos mais tarde, o local foi transformado num museu evocativo da época das bandeiras, reunindo movéis e utensílios de época

“Anjos da Noite” (1987)

Ao lado de nomes como Chico Botelho e Guilherme de Almeida Prado, Wilson Barros fez parte da geração de cineastas paulistas que se consagrou nos anos 80 com a realização de obras marcantes como Cidade oculta e A dama do Cine Shanghai. Unindo referências à cultura pop ao imaginário dos inferninhos paulistanos, Anjos da noite foi premiado em diversas categorias em inúmeros festivais brasileiros. Grupo de pessoas formado por uma ex-manequim, um diretor teatral, uma atriz decadente, um gigolô, um transformista, um delegado corrupto, entre outros, está relacionado a dois crimes aparentemente gratuitos. Participação especial deMarília Pêra.

16h

“Evocações de Anchieta” (1956)

Filmado nas praias de Itanhaém e Peruíbe, evoca a figura do Padre Anchieta. Ao lado do colega Manuel da Nóbrega, Anchieta catequizou selvagens, aprendeu o tupi-guarani e participou da construção do marco de nascimento da cidade de São Paulo em 1554 – o Pátio do Colégio.

“O Rei da Boca” (1982)

Épico sobre a trajetória de ascensão e queda de um rei do submundo. O filme inspirou-se na vida de diversos criminosos que atuaram no Quadrilátero do Pecado – a Boca do Lixo – entre eles Hiroito Joanides de Morais e Joaquim Pereira da Costa, o Quinzinho. Roberto Bonfim, em interpretação magistral, faz o papel de um humilde agricultor que abandona o campo para ganhar a vida na capital como traficante e gigolô.

18h30

“Migrantes” (1972)

Reportagem sobre a situação miserável dos migrantes nordestinos vistos como marginais por muitos paulistanos. Numa oportunidade especial, o repórter coloca frente a frente um imigrante, que mora com a família sob um viaduto, e um paulistano típico, que o aconselha a voltar para o campo.

“Ônibus” (1973)

Reportagem sobre os problemas do transporte urbano em São Paulo. A partir do ponto inicial de uma linha de ônibus, e contando com depoimentos dos próprios usuários, o curta registra a precariedade do sistema de transporte, os atrasos e perigos da superlotação.

“Restos” (1975)

Filme experimental que capta, em imagens aterrorizantes, o cotidiano de um grupo de miseráveis que vive da cata do lixo num aterro sanitário da Rodovia Raposo Tavares. Mulheres, crianças, velhos, desempregados etc, que disputam latas, papéis e restos de comida despejados no local. Censurado pelas autoridades, não pode ser exibido na Jornada Brasileira de Curta-Metragem de 1975.

“Liberdade de Imprensa” (1967)

A situação dos veículos de comunicação no país em meio a disputas ideológicas, pressões econômicas, capital estrangeiro e censura política, entre os anos de 1964 e 1967. Um retrato da época, com imagens de grandes acontecimentos e entrevistas com especialistas e políticos. Segundo palavras do próprio cineasta, Liberdade de imprensa “revelava minha característica básica de filmar, muito valorizada hoje, mais de 30 anos depois: a presença evidente da equipe, da câmera, do diretor, de tal forma que, como diz Jean-Claude Bernardet, o filme capta não o real, enquanto fetiche, mas o resultado dessa presença, dessa intervenção do cineasta diante do real”

“Encontro com João Batista de Andrade”

21h

“Esta Rua Tão Augusta” (1968)

Retratos da Rua Augusta em 1967 – o comércio local, os transeuntes, a Galeria Ouro Fino e o movimento de automóveis. Imagens do pintor Waldomiro de Deus expondo seus quadros na calçada; a Jovem Guarda nos tempos do Teatro Record e a juventude ao som do rock.

“O Puritano da Rua Augusta” (1966)

Comédia de costumes realizada sob os embalos da Jovem Guarda. Mazzaropi interpreta um velho pai de família que adere a uma liga moralizante contra os novos costumes da juventude seduzida pelo rock n’ roll. Destaque para as participações da banda The Jordans e da cantora Elza Soares.

Por Redação