Queimadas, desflorestamento e Frans Krajcberg
Frans Krajcberg comemora 90 anos de vida e o Museu Afro Brasil comemora com uma programação especial em homenagem ao Ano Internacional das Florestas, decretado pela ONU.
A mostra “Frans Krajcberg” vai de 7 de julho à 6 de novembro, de terça à domingo, das 10h às 17h. A entrada é Catraca Livre.
Com curadoria de Emanoel Araujo, o artista e ativista ambiental utiliza sua arte como ferramenta para defesa da natureza e chamar atenção para destruição das florestas brasileiras. Esculturas, fotografias, back-lights e relevos compõem as 31 obras expostas.
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Pedaços de madeira carbonizada são utilizadas pelo artista e se tornam peças delicadas que protestam contra a devastação. Já as fotografias, retratam a destruição e devastação da mata.
Sobre Frans Krajcberg
Frans Krajcberg nasceu em Kozienice, na Polônia em 1921. Escultor, pintor, gravador e fotógrafo, estudou engenharia e artes na Universidade de Leningrado.
Perdeu toda a sua família em um campo de concentração durante a Segunda Guerra. Mudou-se para Alemanha e ingressou na Academia de Belas Artes de Stuttgart.
Chegou ao Brasil em 1948 e 1951, participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo com duas pinturas. Mudou-se para o Rio de Janeiro e dividiu o ateliê com o escultor Franz Weissmann.
A partir de 1958, alternou sua casa entre o Rio de Janeiro, Paris e Ibiza, até 1972, quando mudou-se para Nova Viçosa, na Bahia. Troncos e raízes ganharam espaço em suas intervenções e o artista começou a viajar pelo pais, principalmente Amazônia e Mato Grosso, fotografando desmatamentos e queimadas.
Sua série “Africana”, da década de 1980, é composta por cipós, caules de palmeiras, raízes e pigmentos minerais. Inaugurado em 2003, o Instituto Frans Krajcberg fica em Curitiba e recebe as doações da mais de 100 obras de o artista.